quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Artur Gaspar dos Anjos Teixeira

Artur Gaspar dos Anjos Teixeira nasceu a 18 de Julho de 1880. Filho de um Arquitecto e sobrinho de Escultores, desde muito cedo demonstrou os seus dotes de grande artista, não só na Escultura, como também a nível do Desenho, da Aguarela, da Caricatura, da Ilustração e da Música.

Em 1907, decide entrar para a Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde se torna pupilo do Escultor Simões de Almeida.

Terminada a sua formação, vai trabalhar no Atelier de Escultura de Costa Mota. Concorre, mais tarde, a uma Bolsa de Estudos do `Legado Valmor` para Paris. Na capital francesa, e à semelhança de outros artistas seus contemporâneos, notabiliza-se com diversos trabalhos, que merecem, desde logo, grandes elogios da crítica e dos meios de comunicação.

Com o estalar da I Grande Guerra, em 1914, regressa a Portugal, fixando residência em Mem-Martins. Após o reconhecimento artístico em França, o Estado Português encomenda-lhe a "Estátua da República" que se encontra, ainda hoje, na Sala de Deputados do Palácio de São Bento.

Também atribuída a este fecundo período português, 1914-1934, temos a execução dos seus trabalhos mais representativos, sobretudo os de cariz monumental: "Monumento a Carvalho Araújo" (Vila Real, 1925); "Monumento ao Soldado de Infantaria 19" (Cascais, 1922); "Imagem de São Patrício" (Museu de Escultura Comparada, Mafra, 1922); "Monumento aos Soldados Mortos na I Grande Guerra" (Viseu, 1927); "Busto de Egas Moniz", (Penafiel, 1927): "Busto de Adriano Coelho" (Jardim Zoológico, 1934); e "Monumento a Camilo Castelo Branco", de grande pureza estética e força dramática, o qual ganhou o 1º Prémio de Escultura, em 1934.

Motivo comum a toda a sua obra, de magistral observador, é a figura humana, que o leva, inclusivamente, a humanizar os pedestais e os ambientes em que as pessoas se encontram, nas composições.
Falece a 4 de Março de 1935.

www.parlamento.pt

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Berliner Mauer.... e os outros muros quando caem?

O muro de Berlim começou a ser construído em 13 de Agosto de 1961 e não respeitou casas, prédios ou ruas. Policiais e soldados da Alemanha Oriental impediam e até mesmo matavam quem tentasse ultrapassar o muro. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. O muro chegou a ser reforçado por quatro vezes. Possuía cercas eléctricas e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar.

No dia 9 de Novembro de 1989, com a crise do sistema socialista no leste da Europa e o fim deste sistema na Alemanha Oriental, ocorreu a queda do muro. Cidadãos da Alemanha foram para as ruas comemorar o momento histórico e ajudaram a derrubar o muro. Este ato simbólico representou o fim da Guerra Fria.

E os outros muros que separam pessoas opiniões? quando caem? só vão cair quando um dia os governantes consigam evitar as barreiras físicas e passem, para a fase da resolução dos verdadeiros problemas.
Muro da Cisjordânia
Muro fronteiriço Estados Unidos-México
Irlanda etc etc...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

DEFESA DOS OCEANOS.INFORMAÇÃO - GREENPEACE PORTUGAL



A vida marinha esteve por demasiado tempo totalmente exposta à exploração por parte de quem possuísse meios para o fazer. Os rápidos avanços tecnológicos implicaram que, actualmente, a capacidade, o alcance e a potência das embarcações e do equipamento usados para explorar a vida marinha exceda de longe a capacidade da Natureza de a preservar. Se isso não for controlado, terá amplas consequências no ambiente marinho e nas pessoas que dele dependem.

A vida nos oceanos possui um incrível conjunto de formas e dimensões – desde o plâncton microscópico até à maior das grandes baleias.

Apesar disso, muitas espécies foram levadas à extinção, ou aproximam-se dela, devido a devastadores impactos humanos.

A campanha Em defesa dos Oceanos denuncia essas ameaças, enfrenta os culpados e promove soluções como uma rede global de parques oceânicos designados reservas marinhas.

As principais ameaças que os nossos oceanos enfrentam incluem:

A pesca industrial

Navios gigantes, utilizando equipamentos de ponta, podem localizar com precisão cardumes de peixe rapidamente. As frotas de pesca industrial ultrapassaram os limites ecológicos do oceano. À medida que o peixe maior é exterminado, os objectivos passam a ser as espécies seguintes de peixes mais pequenos, e assim sucessivamente. (O especialista em pescas canadiano Dr. Daniel Pauly previne que, se isso continuar, os nossos filhos vão alimentar-se de medusas.)

Em resumo, cada vez mais pessoas competem por cada vez menos peixe, agravando a crise dos oceanos existente.

Pesca acidental

As modernas práticas de pesca são um incrível desperdício. Todos os anos, as redes de pesca matam até 300.000 baleias, golfinhos e atuns em todo o mundo. O emaranhamento é a maior ameaça para a sobrevivência de muitas espécies. Além disso, algumas práticas de pesca destroem os habitats e os habitantes. A pesca de arrasto, por exemplo, destrói inteiramente florestas ancestrais de corais de alto-mar e outros ecossistemas delicados. Em algumas áreas, é o equivalente a lavrar um campo várias vezes ao ano.

Pesca ilegal

À medida que os bancos de pesca tradicionais a norte se foram esgotando, a capacidade de pesca tem-se virado progressivamente para África e para o Pacífico. Os piratas, que ignoram os regulamentos e que efectivamente roubam peixe, estão a negar a algumas das regiões mais pobres do mundo a segurança alimentar e os rendimentos de que tanto necessitam, e as frotas que pescam legalmente apenas transferem uma pequena percentagem dos lucros para os estados africanos e do Pacífico.

Aquacultura

A aquacultura (viveiros de peixe e marisco) é frequentemente apresentada como o futuro da indústria de alimentos marinhos. Mas a aquacultura de camarão é talvez a indústria de pesca mais destrutiva, insustentável e injusta no mundo. O desmatamento de mangais, a destruição do pescado, o assassínio e desmatamento de terrenos comunitários têm sido amplamente divulgados.

A indústria da cultura do salmão também prova que os viveiros não são solução – são precisos cerca de 4 Kg de peixe selvagem pescado para produzir 1 Kg de salmão em viveiro.

Aquecimento global

O oceano e os seus habitantes vão ser afectados de maneira irreversível pelos impactos do aquecimento global e das alterações climáticas. Os cientistas dizem que o aquecimento global, através aumento das temperaturas da água do mar, irá elevar os níveis da água e alterar as correntes oceânicas. Os efeitos já começam a ser sentidos. Espécies inteiras de animais marítimos e de peixes estão em risco devido à subida das temperaturas – simplesmente não podem sobreviver nas novas condições. Por exemplo, pensa-se que a temperatura elevada da água é responsável pelo facto de vastas áreas de corais perderem a cor e morrerem (descoloração).

Poluição

Outro impacto significativo da actividade humana no ambiente marítimo é a poluição. A poluição mais visível e familiar é a do petróleo, provocada pelos acidentes com navios petroleiros. Apesar disso e apesar da escala e visibilidade de tais impactos, as quantidades totais de poluentes que se escoam para o mar a partir de derrames de petróleo são diminutas, comparadas com as originadas por poluentes de outras proveniências. Estas incluem os esgotos domésticos, as descargas industriais, o escoamento de superfície urbano e industrial, os acidentes, os derrames, as explosões, as operações de descarga no mar, a exploração mineira, os nutrientes e pesticidas da agricultura, as fontes de calor desperdiçadas e as descargas radioactivas.

Em defesa dos Oceanos

É necessário efectuar mudanças fundamentais no modo como os nossos oceanos são geridos. Isto significa que devemos agir para garantirmos que as actividades humanas sejam sustentáveis, ou, por outras palavras, que satisfaçam as necessidades das gerações actuais e futuras de seres humanos, sem causar danos ao ambiente. Por isso, os governos devem reservar 40 por cento dos nossos oceanos como reservas marinhas. As reservas marinhas podem ser definidas como regiões do oceano em que é impedida a exploração de quaisquer recursos vivos, bem com a exploração de recursos não vivos como a areia, a brita e outros minerais.

TEXTO RECOLHIDO EM: www.greenpeace.org