segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Estádio de São Luís, a origem.

Manuel Silvestre Mendonça dos Santos (mais tarde, por naturalização, Manuel Santos ) emigrara para a América (Nova Orleans) no Alvorecer do século XX, onde fez fortuna. Natural de São João da Venda e roído pela saudade, regressou a Faro em 1921 à capital algarvia, já com a família constituída. Interessado em investir e influenciado pelos adeptos do desporto local, naquele ano, comprou o terreno no Espaldão de S. Luís, confinando com a estrada da Penha, com a Carreira de Tiro, que existia desde Agosto de 1909, com o cemitério e a fabrica de cortiça de Horácio Santos.

Este emigrante farense mandou fazer o projecto do estádio, para a realização de espectáculos, entre eles incluía os jogos de Futebol e que chamaria SANTO STADIUM. A área do terreno compreendia 14.000 metros quadrados, constituídos por um campo de futebol com 60X90, bancada em alvenaria e capacidade para 15.000 pessoas. O parque de jogos completava 2 courts de ténis, pista para corridas, vestiários com casas de banho, gastando o empresário algumas centenas de contos, para dotar à cidade de Faro de um parque para a pratica de varias modalidades desportivas.

O SANTO STADIUM em S. Luís, terá sido o primeiro estádio em Portugal construído com projecto próprio, já tinha servido para dois espectáculos taurinos e após beneficiações para jogos de futebol, foi, finalmente inaugurado, tendo sido entregue ao Sport Lisboa e Faro, como arrendatário. Aconteceu no dia 1 de Dezembro de 1923, num derby entre o Sport Lisboa e Faro e o Sporting Clube Farense. O resultado foi favorável a equipa leonina por4-1, marcando o Sport Lisboa o seu golo nos primeiros minutos, por Sampaio. João Coelho e João Gralho dividiram os tentos do Farense.
A arbitragem, confiada a Armando Duque, o qual, mostrou muita indecisão para o desafio entre rivais, foi substituído por A. Perianes.
No final do jogo, António Saraiva, capitão Sport Lisboa, entregou ao seu adversário um bronze, que teve grande significado, entre os adeptos dos dois clubes.

Mais tarde, Outubro de 1929, devido à Grande Depressão verificada na Bolsa de Nova Iorque, com o estrondoso colapso da economia Americana, apanhou desprevenido o mundo financeiro e os rendimentos directos desapareceram com as falências em série nos Estados Unidos. Manuel Santo arrastado na queda da Bolsa, quando o Santo Stadium, já conhecido pelo estádio de São Luís, estava hipotecado aos Bancos Matos & Baião e Manuel Dias Sancho, para nele instalar uma praça de Touros dentro do rectângulo, realizando-se duas corridas por ano de 1927 a 1929. Como não conseguiu pagar a hipoteca e empréstimos, perdeu a propriedade para os referidos Bancos.
Devido à fusão bancária, ficou a pertencer ao Bando do Algarve.
Tempos depois o Campo de São Luís foi vendido ao sr. Eusébio Tomás Lopes, comerciante de tecidos na rua de Santo António à Pontinha e ao qual, dizia-se, tinha dado sociedade ao seu amigo Rodolfo Florindo, também comerciante e sócio do Farense, responsável pelo pagamento das rendas. Alguns anos depois, a Câmara Municipal de Faro comprou o Campo, sendo dado o nome de Estádio Municipal. Em 1985 a autarquia cedeu-o ao Sporting Clube Farense, passando a chamar-se Estádio de São Luís.

Bibliografia:
BISPO, Raminhos
2008, "50 anos de História do Futebol em Faro 1900 1950" , Tipografia Tavirense, Tavira
Pesquisa Bibliográfica e rectificação Pedro Carrega

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mário Viegas "O grande declamador"


ANTÓNIO MÁRIO LOPES PEREIRA VIEGAS
Nasceu em Santarém em 10 de Novembro de 1948, às 23.30h, meia-Hora antes do Dia de S. Martinho.

É do signo Escorpião no Hemisfério Ocidental e do Rato no Hemisfério Oriental.

Trineto, por via paterna, do grande Actor Cómico do século XIX Francisco Leoni, Bisneto de Francisco José Pereira, Republicano, Deputado e Senador por Santarém na Primeira Assembleia da Primeira República, sendo saneado de Director Geral do Congresso no 28 de Maio.
Neto e filho de Republicanos e Anti-Fascistas, duma família paterna toda ligada ao ramo Farmacêutico.

Neto por via materna, de um dos fundadores da Amadora, António Cardoso Lopes e sobrinho, do famoso hoquista Álvaro Lopes (8 vezes campeão do mundo), e Tiotónio (um dos pioneiros da Banda-Desenhada em Portugal e criador do semanário “O Mosquito”), e de Augusto Lopes (inventor e criador do sistema do Cinema foto-sonoro em Portugal), sendo a sua Mãe licenciada em Grego Clássico, Latim. Viveu a sua infância e adolescência em Santarém, onde estudou no Liceu Sá da Bandeira e onde se estreia como Actor e Recitador amador com o Coro de Amadores de Música, dirigido pelo Maestro Fernando Lopes-Graça, com 16 anos, em substituição da ex-Actriz e Declamadora Maria Barroso.
Fica logo com a sua primeira ficha na P.I.D.E.

Não tem pre-conceitos sexuais. Sendo scalabitano, gosta de touros, cavalos, mulheres, homens, vinho branco ou tinto, sabe dançar o fandango e já pegou uma vaca em 1967.

Frequentou a Fac. de Letras de Lisboa em 1966/67 e 1967/68 e a Fac. de Letras do Porto em 1968/69, onde termina o 3º ano do Curso Superior de História. Faz parte da Crise Académica de 1969, como Recitador e Agitador no Porto e em Coimbra.

Nunca esteve filiado em nenhum Partido ou Clube Desportivo, nem nunca foi convidado para tal.
Não tem nenhuma ficha na P.S.P. ou na Polícia Judiciária por actividades ilícitas e/ou imorais.

É solteiro e não tenciona casar oficialmente.

É-lhe retirado o Adiamento Militar, por actividades políticas e é proibido de actuar como Actor e Recitador quer públicamente, na antiga Emissora Nacional e na R.T.P.
Os seus discos de Poesia são proibidos de passar na Rádio, até ao 25 de Abril de 1974.

Cumpre o Serviço Militar Obrigatório como Oficial entre Outubro de 1971 e Outubro de 1974, tendo a sua Caderneta Militar os mais altos louvores pela disciplina militar.

É-lhe dada a especialidade e o curso de Acção Psicológica e Propaganda do Exército (A.P.S.I.C.), sendo re-classificado quando estagiava na 2ª Repartição do Estado-Maior do Exército em 1972. É-lhe dado um cargo de Instrutor de Combustíveis e Lubrificantes no Quartel do Campo Grande (E.P.A.N.), de onde é afastado no dia 22 de Abril de 1974.

Assiste e participa desde as 11H00 da manhã, ao golpe-militar do 25 de Abril, no Largo do Carmo. Às 19H00 na Rua António Maria Cardoso e participa na primeira tentativa Popular de assalto à sede da P.I.D.E.-D.G.S.

Faz parte da Extinção da P.I.D.E.-D.G.S. e Legião Portuguesa desde o início de Maio de 1974 até Outubro de 1974, como Oficial-Miliciano do M.F.A., de onde é afastado.

Após proibição em Conselho de Ministros, da peça “EVA PERÓN”, de Copi, (de que era protagonista e que seria a primeira encenação de Filipe La Féria), em Janeiro de 1975, sai de Portugal entre inícios de Maio de 1975 até finais de Setembro de 1975, indo viver para Copenhaga, Dinamarca, desiludido com a situação política do País.

Como Independente, participou “de borla” em algumas campanhas e espectáculos ao vivo e na televisão do P.C.P. (1977), do P.S.R. e da U.D.P., até 1994. Está arrependidíssimo! Abre uma excepção à U.D.P.

Apoiou públicamente a candidatura à Presidência da República do Engº Carlos Marques nas últimas eleições Presidenciais.

Foi leitor durante 2 anos (1987, 1988), dos comunicados do dia 25 de Abril de Otelo Saraiva de Carvalho, quando este esteve preso em Caxias (caso FP25). Não ganhou nada com isso!
Foi alcoólico Público e Anónimo, encontrando-se completamente recuperado.

É Fumador activo e passivo, careca e práticamente cego do olho esquerdo.

Estreia-se como Actor profissional em 16 de Fevereiro de 1968 no Teatro Experimental de Cascais. Trabalhou diariamente durante 30 anos no Teatro, Cinema, Disco, Rádio e Televisão como Actor, Empresário, Encenador e Cenógrafo, com o nome artístico de Mário Viegas. Ao contracenar com Marcello Mastroianni em 1994 descobriu que não conseguiria ser o Maior Actor de Portugal, da Europa e do Mundo, de Teatro e Cinema; o mais popular Cómico do País e com maior unanimidade; ter um lugar em Hollywood; representar em francês, espanhol, inglês ou japonês. Desiludido e revoltado decide encetar a carreira mais fácil, menos efémera e com reforma assegurada: PRESIDENTE DA REPÚBLICA de Portugal, Açores, Madeira, Macau e Timor-Leste.

As Sondagens dão-lhe 93,4% de intenção de voto.


Não sabe o que quer para o País, mas o País sabe o que quer dele!
Não quer ser o Presidente de todos os Portugueses!
Tem como Lemas da campanha a frase de Eduardo de Filippo: “Os Actores vivem a sério no Palco, o que os outros na Vida representam mal”; e “Nesta Pátria onde a Terra acaba e o Mário começa!”.

Slogans da campanha:


“VIEGAS AMIGO ! O MÁRIO ESTÁ CONTIGO !!”
“MÁRIO SÓ HÁ UM ! O VIEGAS E MAIS NENHUM !”
“O MÁRIO QUE SE LIXE ! O VIEGAS É QUE É FIXE !”
Foi agraciado por sua Exª o actual Presidente da República, o Sr. Dr. Mário Soares com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, sendo pois, Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Mário Viegas

AUTO BIOGRAFIA DE MÁRIO VIEGAS.

Recomendo vivamente o vídeo em baixo assinalado " Manifesto Anti Dantas"
de Almada Negreiros
http://www.youtube.com/watch?v=CSRC6-XgSHo&feature=autoplay&list=PLDC68789257446023&index=12&playnext=3