O Pentateuco de Gacon foi concluído em 30 de Junho de 1487. Trata-se de um impressão em 110 fólios, com composição de 30 – 32 linhas.
O prototipógrafo Gacon utilizou tipos metálicos móveis com caracteres hebraicos, letras quadradas e elegantes, de dois tamanhos, sendo a maior usada no texto e a outra, mais larga, nas rubricas.
O prototipógrafo Gacon utilizou tipos metálicos móveis com caracteres hebraicos, letras quadradas e elegantes, de dois tamanhos, sendo a maior usada no texto e a outra, mais larga, nas rubricas.
Porque é que as "nossas" autoridades não reclamam a devolução?
Uma razão pela qual as autoridades do Algarve não reclamam a devolução do Pentateuco impresso por Gacon — e dos outros valiosos livros de origem portuguesa hoje presentes na Biblioteca Bodleiana — é o profundo desprezo que votam ao património histórico e cultural. Basta dar um pequeno passeio pela cidade de Faro para perceber o atentado que se está a dar ao património urbanístico da capital do Algarve. Os atentados à Natureza e ao meio ambiente do Algarve são de dar calafrios a qualquer cidadão sensivel à importância do legado natural e do património histórico.
Nem vale a pena mencionar aqui qualquer detalhe da grande vergonha e demonstração de incompetência que se intitulou "Faro - Capital da Cultura".
É claro que as autoridades responsáveis por estas políticas sempre se recusarão de intervenir a nível oficial junto das autoridades britânicas. Apenas uma iniciativa vinda «de baixo» poderá exercer a necessária pressão.
Nem vale a pena mencionar aqui qualquer detalhe da grande vergonha e demonstração de incompetência que se intitulou "Faro - Capital da Cultura".
É claro que as autoridades responsáveis por estas políticas sempre se recusarão de intervenir a nível oficial junto das autoridades britânicas. Apenas uma iniciativa vinda «de baixo» poderá exercer a necessária pressão.
Temos nós condições para receber o livro, caso fosse devolvido?
Óbviamente que a capital do Algarve não possuiu nos seus Museus, Bibliotecas ou Faculdades qualquer infraestructura adequada para receber esse valioso livro e facilitar o seu acesso aos estudiosos e ao público. Não seria então melhor deixá-lo no Reino Unido, junto com os outros valiosos livros que Bodley «coleccionou»?
Não, claro que não. Mas este livro é um valioso testemunho dos tempos em que Portugal foi uma nação multicultural, onde viviam cristãos, islamitas e judeus, onde se falava português, latim, árabe e hebraico.
Trazer este livro de volta para Portugal seria um sinal para mostrar que desejamos um país aberto a todas as culturas, que queremos tolerar e conviver com todas as culturas que venham até nós...
Trazer o livro para Portugal seria mostar quão desumana foi a política de Manuel I, quando exigiu a expulsão dos judeus e sua conversão forçada ao Catolicismo...
O livro poderia ser facilmente copiado com tecnologia moderna, e desta maneira, estaria acessível a todos os estudiosos...
Bibliografia
Heitlinger, Paulo. Tipografia: origens, formas e uso das letras. Copyright © 2006 Paulo Heitlinger, ISBN 10 972-576-396-3 , ISBN 13 978-972-576-396-4, Depósito legal 248 958/06. Dinalivro. Lisboa, 2006.
Heitlinger, Paulo. Tipografia: origens, formas e uso das letras. Copyright © 2006 Paulo Heitlinger, ISBN 10 972-576-396-3 , ISBN 13 978-972-576-396-4, Depósito legal 248 958/06. Dinalivro. Lisboa, 2006.
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