segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Grande Farense Joaquina Aboim da Ascensão Davim

Numa altura tão especial como o Natal, é importante relembrar aqueles que realmente trabalharam ao longo da vida pelo bem estar dos mais desfavorecidos.
Em leitura pelo blog http://promontoriodamemoria.blogspot.com encontrei um pouco sobre a vida de uma grande Farense, e achei muito importante relembrar aqui nos Caminheiros de Faro.

Benemérita protectora dos desvalidos, nasceu em Faro 1863 e faleceu na mesma cidade em 5-6-1942, com 79 anos de idade.
Esta espécie de mãe dos pobres foi a continuadora do projecto nacional engendrado pelo seu irmão, o benemérito coronel Rodrigo Aboim Ascensão, instituidor em Lisboa da «Associação Protectora da Primeira Infância» e em Faro do «Refúgio Aboim Ascensão», hoje designado por «Emergência Infantil», através dos quais pretendeu dar guarida e protecção às crianças abandonadas ou vítimas de maus tratos, derivando dessa circunstância a designação de “Refúgio”. Era ainda irmã de D.ª Maria da Piedade Ascensão Sande Lemos, que foi casada com o coronel Sande Lemos, um dos grandes obreiros da Associação dos Combatentes da Grande Guerra, que dirigiu ao longo de muito anos, dotando-a aliás de alguns dos seus próprios meios de fortuna.
A bondosíssima senhora, D.ª Joaquina Ascensão, casou-se em Faro com o Dr. Joaquim Rodrigues Davim, que para esta cidade viera colocado como notário, revelando-se um cidadão exemplar e de grande sensibilidade artística, ao ponto de ser considerado nos finais do século XIX, como um dos melhores poetas do Algarve. Não tiveram filhos naturais, mas como a determinada altura soube que seu marido possuía duas filhas, resultantes duma relação extraconjugal com uma modesta costureirinha, mandou que as meninas fossem recolhidas na sua casa, onde as educou e perfilhou, fazendo delas senhoras da primeira sociedade farense. Refiro-me à D.ª Silvina Davim, que conheci bem, casada com o Dr. Mário Lyster Franco, advogado, jornalista e escritor; e à D.ª Olímpia Davim, casada com o Dr. Manuel Rodrigues Júnior, antigo professor liceal, figura muito respeitada na sociedade farense.
A D.ª Joaquina era tia do Dr. José de Ascensão Contreiras, do Eng.º Manuel Aboim de Sande Lemos e do Dr. José Aboim de Sande Lemos, todos figuras de primeira plana na sociedade farense do século XX.
Levada pelos seus impulsos de benemerência e filantropia, qualidades que sempre pautaram a sua existência, legou vários dos seus importantes bens imobiliários ao «Refúgio Aboim Ascensão», à Ordem Terceira do Carmo, ao Seminário de São José e às «Filhas de Maria», todas instituições que na cidade de Faro se encarregavam de proteger os desvalidos e de combater a pobreza.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Artur Gaspar dos Anjos Teixeira

Artur Gaspar dos Anjos Teixeira nasceu a 18 de Julho de 1880. Filho de um Arquitecto e sobrinho de Escultores, desde muito cedo demonstrou os seus dotes de grande artista, não só na Escultura, como também a nível do Desenho, da Aguarela, da Caricatura, da Ilustração e da Música.

Em 1907, decide entrar para a Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde se torna pupilo do Escultor Simões de Almeida.

Terminada a sua formação, vai trabalhar no Atelier de Escultura de Costa Mota. Concorre, mais tarde, a uma Bolsa de Estudos do `Legado Valmor` para Paris. Na capital francesa, e à semelhança de outros artistas seus contemporâneos, notabiliza-se com diversos trabalhos, que merecem, desde logo, grandes elogios da crítica e dos meios de comunicação.

Com o estalar da I Grande Guerra, em 1914, regressa a Portugal, fixando residência em Mem-Martins. Após o reconhecimento artístico em França, o Estado Português encomenda-lhe a "Estátua da República" que se encontra, ainda hoje, na Sala de Deputados do Palácio de São Bento.

Também atribuída a este fecundo período português, 1914-1934, temos a execução dos seus trabalhos mais representativos, sobretudo os de cariz monumental: "Monumento a Carvalho Araújo" (Vila Real, 1925); "Monumento ao Soldado de Infantaria 19" (Cascais, 1922); "Imagem de São Patrício" (Museu de Escultura Comparada, Mafra, 1922); "Monumento aos Soldados Mortos na I Grande Guerra" (Viseu, 1927); "Busto de Egas Moniz", (Penafiel, 1927): "Busto de Adriano Coelho" (Jardim Zoológico, 1934); e "Monumento a Camilo Castelo Branco", de grande pureza estética e força dramática, o qual ganhou o 1º Prémio de Escultura, em 1934.

Motivo comum a toda a sua obra, de magistral observador, é a figura humana, que o leva, inclusivamente, a humanizar os pedestais e os ambientes em que as pessoas se encontram, nas composições.
Falece a 4 de Março de 1935.

www.parlamento.pt

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Berliner Mauer.... e os outros muros quando caem?

O muro de Berlim começou a ser construído em 13 de Agosto de 1961 e não respeitou casas, prédios ou ruas. Policiais e soldados da Alemanha Oriental impediam e até mesmo matavam quem tentasse ultrapassar o muro. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. O muro chegou a ser reforçado por quatro vezes. Possuía cercas eléctricas e valas para dificultar a passagem. Havia cerca de 300 torres de vigilância com soldados preparados para atirar.

No dia 9 de Novembro de 1989, com a crise do sistema socialista no leste da Europa e o fim deste sistema na Alemanha Oriental, ocorreu a queda do muro. Cidadãos da Alemanha foram para as ruas comemorar o momento histórico e ajudaram a derrubar o muro. Este ato simbólico representou o fim da Guerra Fria.

E os outros muros que separam pessoas opiniões? quando caem? só vão cair quando um dia os governantes consigam evitar as barreiras físicas e passem, para a fase da resolução dos verdadeiros problemas.
Muro da Cisjordânia
Muro fronteiriço Estados Unidos-México
Irlanda etc etc...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

DEFESA DOS OCEANOS.INFORMAÇÃO - GREENPEACE PORTUGAL



A vida marinha esteve por demasiado tempo totalmente exposta à exploração por parte de quem possuísse meios para o fazer. Os rápidos avanços tecnológicos implicaram que, actualmente, a capacidade, o alcance e a potência das embarcações e do equipamento usados para explorar a vida marinha exceda de longe a capacidade da Natureza de a preservar. Se isso não for controlado, terá amplas consequências no ambiente marinho e nas pessoas que dele dependem.

A vida nos oceanos possui um incrível conjunto de formas e dimensões – desde o plâncton microscópico até à maior das grandes baleias.

Apesar disso, muitas espécies foram levadas à extinção, ou aproximam-se dela, devido a devastadores impactos humanos.

A campanha Em defesa dos Oceanos denuncia essas ameaças, enfrenta os culpados e promove soluções como uma rede global de parques oceânicos designados reservas marinhas.

As principais ameaças que os nossos oceanos enfrentam incluem:

A pesca industrial

Navios gigantes, utilizando equipamentos de ponta, podem localizar com precisão cardumes de peixe rapidamente. As frotas de pesca industrial ultrapassaram os limites ecológicos do oceano. À medida que o peixe maior é exterminado, os objectivos passam a ser as espécies seguintes de peixes mais pequenos, e assim sucessivamente. (O especialista em pescas canadiano Dr. Daniel Pauly previne que, se isso continuar, os nossos filhos vão alimentar-se de medusas.)

Em resumo, cada vez mais pessoas competem por cada vez menos peixe, agravando a crise dos oceanos existente.

Pesca acidental

As modernas práticas de pesca são um incrível desperdício. Todos os anos, as redes de pesca matam até 300.000 baleias, golfinhos e atuns em todo o mundo. O emaranhamento é a maior ameaça para a sobrevivência de muitas espécies. Além disso, algumas práticas de pesca destroem os habitats e os habitantes. A pesca de arrasto, por exemplo, destrói inteiramente florestas ancestrais de corais de alto-mar e outros ecossistemas delicados. Em algumas áreas, é o equivalente a lavrar um campo várias vezes ao ano.

Pesca ilegal

À medida que os bancos de pesca tradicionais a norte se foram esgotando, a capacidade de pesca tem-se virado progressivamente para África e para o Pacífico. Os piratas, que ignoram os regulamentos e que efectivamente roubam peixe, estão a negar a algumas das regiões mais pobres do mundo a segurança alimentar e os rendimentos de que tanto necessitam, e as frotas que pescam legalmente apenas transferem uma pequena percentagem dos lucros para os estados africanos e do Pacífico.

Aquacultura

A aquacultura (viveiros de peixe e marisco) é frequentemente apresentada como o futuro da indústria de alimentos marinhos. Mas a aquacultura de camarão é talvez a indústria de pesca mais destrutiva, insustentável e injusta no mundo. O desmatamento de mangais, a destruição do pescado, o assassínio e desmatamento de terrenos comunitários têm sido amplamente divulgados.

A indústria da cultura do salmão também prova que os viveiros não são solução – são precisos cerca de 4 Kg de peixe selvagem pescado para produzir 1 Kg de salmão em viveiro.

Aquecimento global

O oceano e os seus habitantes vão ser afectados de maneira irreversível pelos impactos do aquecimento global e das alterações climáticas. Os cientistas dizem que o aquecimento global, através aumento das temperaturas da água do mar, irá elevar os níveis da água e alterar as correntes oceânicas. Os efeitos já começam a ser sentidos. Espécies inteiras de animais marítimos e de peixes estão em risco devido à subida das temperaturas – simplesmente não podem sobreviver nas novas condições. Por exemplo, pensa-se que a temperatura elevada da água é responsável pelo facto de vastas áreas de corais perderem a cor e morrerem (descoloração).

Poluição

Outro impacto significativo da actividade humana no ambiente marítimo é a poluição. A poluição mais visível e familiar é a do petróleo, provocada pelos acidentes com navios petroleiros. Apesar disso e apesar da escala e visibilidade de tais impactos, as quantidades totais de poluentes que se escoam para o mar a partir de derrames de petróleo são diminutas, comparadas com as originadas por poluentes de outras proveniências. Estas incluem os esgotos domésticos, as descargas industriais, o escoamento de superfície urbano e industrial, os acidentes, os derrames, as explosões, as operações de descarga no mar, a exploração mineira, os nutrientes e pesticidas da agricultura, as fontes de calor desperdiçadas e as descargas radioactivas.

Em defesa dos Oceanos

É necessário efectuar mudanças fundamentais no modo como os nossos oceanos são geridos. Isto significa que devemos agir para garantirmos que as actividades humanas sejam sustentáveis, ou, por outras palavras, que satisfaçam as necessidades das gerações actuais e futuras de seres humanos, sem causar danos ao ambiente. Por isso, os governos devem reservar 40 por cento dos nossos oceanos como reservas marinhas. As reservas marinhas podem ser definidas como regiões do oceano em que é impedida a exploração de quaisquer recursos vivos, bem com a exploração de recursos não vivos como a areia, a brita e outros minerais.

TEXTO RECOLHIDO EM: www.greenpeace.org

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Nils Petter Molvaer



Nils Petter Molvær
é um trompetista de jazz Norueguês, e é considerado um pioneiro na fusão de Jazz com música electrónica.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

11 de Outubro.... AUTÁRQUICAS.

As eleições autárquicas portuguesas de 2009 serão realizadas no dia 11 de Outubro. Nestas eleições serão eleitos 308 presidentes de câmaras municipais e eleitos 4257 presidentes de juntas de freguesia e as respectivas assembleias.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

DIA 27 DE SETEMBRO LEGISLATIVAS. VAI VOTAR, PORTUGAL PRECISA DE TI.


No dia das eleições, dirija-se à sua Mesa de Voto entre as 8:00h e as 19:00h. Identifique-se com os documentos necessários e o Presidente da mesa entregar-lhe-á o Boletim de Voto

B.E. - Bloco de Esquerda
PCP-PEV CDU - Coligação Democrática Unitária
MEP - Movimento Esperança Portugal
MMS - Movimento Mérito e Sociedade
PCTP/MRPP - Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses
PND - Partido da Nova Democracia
MPT - Partido da Terra
P.H. - Partido Humanista
PNR - Partido Nacional Renovador
POUS - Partido Operário de Unidade Socialista
CDS-PP - Partido Popular
PPM - Partido Popular Monárquico
PPD/PSD - Partido Social Democrático
PS - Partido Socialista
PTP - Partido Trabalhista Português
PPV - Portugal pro Vida


http://www.portaldoeleitor.pt/Legislativas2009/Eleicao.aspx

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Zeca Afonso, 80 anos de Genialidade.

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Zeca Afonso) foi um genial compositor de música de intervenção.
Na altura mais agitada da história recente de Portugal conseguiu sempre aliar a música portuguesa tradicional com a música de intervenção dando de forma subtil a esperança a muitos portugueses na luta contra o Estado Novo.

Foi detido diversas vezes e interdito de ser professor, porque sempre manifestou a sua opinião crítica de activista de esquerda. Zeca Afonso, apesar de tudo sempre disse "não me arrependo nada do que fiz".

Portugal não pode nunca esquecer a sua mensagem que perdurara eternamente através da “Grândola Vila Morena” “ Vampiros” e muitas mais.

Em 1987 José Afonso morre em Setúbal, vítima de doença incurável.

Pedro Carrega
Ver mais em http://www.aja.pt/



terça-feira, 25 de agosto de 2009

Pelourinhos

Em Portugal, os pelourinhos ou picotas (esta a designação mais antiga e popular) dos municípios localizavam-se sempre em frente ao edifício da câmara, desde o século XII.


Muitos tinham no topo uma pequena casa em forma de guarita, feita de grades de ferro, onde os delinquentes eram expostos à vergonha pública. Noutros locais os presos eram amarrados às argolas e açoutados ou mutilados, consoante a gravidade do delito e os costumes da época.

De estilo românico, gótico ou renascentista, muitos dos pelourinhos em Portugal constituem exemplares de notável valor artístico.


Pelourinho de Campo Maior

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fado à UNESCO

O projecto foi lançado em 2005, após Portugal ter ratificado a convenção da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para preservar formas de expressão cultural como ritos, danças, músicas, que não entram na classificação de património com corpo físico.

Nery defende que a candidatura do género musical português não pode esperar pelo inventário do restante património imaterial nacional, uma missão que será em breve entregue a uma comissão nomeada pelo ministério.

Pelo contrário, deverá avançar o quanto antes e tornar-se um projecto que servirá de teste para outras futuras candidaturas.

A ideia conta com o apoio dos maiores nomes do fado em Portugal. Carlos do Carmo, embaixador da candidatura, disse ao DN que o reconhecimento seria "uma conquista sem perdedores" de grande importância e urgência.

Caso a agência da ONU conceda o estatuto de património imaterial, o Estado português ficará comprometido a preservar a história e fontes daquele género musical. Entre as obrigações implícitas estará a criação de um arquivo sonoro, algo que até países pobres com a Somália já têm.

De acordo com Rui Vieira Nery, o sucesso do fado, nos últimos anos, será o maior obstáculo à vitória na UNESCO.

"Actualmente o fado não é uma tradição em perigo," explicou.

Para contornar este problema, a candidatura está apostada em provar que a evolução põe em risco a memória e o seu trajecto passado. Mas nunca com a intenção de comprometer o futuro.

"Havia quem visse na candidatura uma arca frigorífica para guardar o cadáver do fado", contou Nery. "Nós queremos preservar a memória mas não para impedir que o fado evolua."

Depois de quatro anos a "fazer o trabalho de casa", a candidatura está preparada para iniciar a recuperação de fontes que contam a história do fado.

Sara Pereira, gestora do Museu do Fado, e um dos rostos do projecto, garantiu ontem à agência Lusa que, em Outubro, será posto em marcha o plano editorial que prevê a reedição de fontes fundamentais do fado.

Entre elas haverá uma edição fac-similada de O Fado, Canção de Vencidos, de Luís Moita (1937), e A Resposta, de Vítor Machado. Serão também publicadas várias antologias de partituras e letras, uma delas inteiramente dedicada aos poemas interpretados por Amália Rodrigues. Investigadores da Universidade Nova de Lisboa estão a fazer entrevistas a figuras marcantes da história do fado para serem editadas em 2010.

Além do fado, está na calha uma outra candidatura nacional a Património Imaterial da UNESCO. O grupo folclórico Sargaceiros da Apúlia (Esposende) anunciou há algumas semanas um plano para formalizar a candidatura da apanha do sargaço, uma tradição específica daquela região.

UNESCO
(United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Verão.


O Verão é uma das quatro subdivisões do ano baseadas em padrões climáticos. São elas: Primavera, Verão, Outono e Inverno.
Neste período “O Verão”, as temperaturas permanecem elevadas e os dias são longos. Geralmente, o verão é também o período do ano reservado às férias. Para alguns.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Convento de Nossa Senhora da Assunção

O Convento de Nossa Senhora da Assunção é um edifico "notável" de Faro onde funciona actualmente o Museu Municipal de Faro (anteriormente designado Museu Municipal Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique).
Situado na "cidade velha" (Vila-Adentro), foi mandado construir para freiras Capuchas em 1519, pela rainha D. Leonor mulher de D. Manuel I.
Trata-se de um dos elementos mais curiosos da arquitectura conventual, tipo coimbrão e de dois andares, apesar do saque pelos ingleses do Conde de Essex (que igualmente atentaram contra outros edifícios em Faro em 1596) e do terramoto de 1755 continua a ser um dos melhores exemplares do Primeiro Renascimento no Algarve.
Na fachada, o portal data de 1539, tendo sido o edifício planeado pelo Mestre Afonso Pires.
Com a chegada do Liberalismo passou para as mãos de particulares até 1960, chegando a ser uma fábrica de cortiça.
Foi posteriormente adaptado para albergar o Museu Municipal de Faro que integra diversas colecções de pintura, escultura, e vestígios arqueológicos romanos e medievais.
Lameira, Francisco I. C. Faro Edificações Notáveis. Edição da Câmara Municipal de Faro, 1995.

terça-feira, 2 de junho de 2009

“As Ilhas Desconhecidas” Série de Vicente Jorge Silva

Um dos principais livros de viagens da literatura portuguesa e, sem dúvida, o maior escrito no último século, “As Ilhas Desconhecidas” de Raul Brandão (1867-1930) é o relato de uma longa digressão pelos arquipélagos dos Açores e da Madeira, entre Junho e Agosto de 1924.
Uma época em que as paisagens, tradições, modos de vida e costumes insulares eram ainda muito pouco conhecidos no continente. É uma descoberta fascinante de mundos longínquos, exóticos e mágicos que Brandão descreve de forma intensa, apaixonada, num estilo fortemente visual e pictórico, transmitindo-nos a atmosfera, as cores sempre em mutação, os contrastes e o espírito dos lugares, as combinações múltiplas entre os quatro elementos: ar, água, terra, fogo.

A RTP realizou e produziu uma série de Vicente Jorge Silva que relata o mistério que Brandão quis descobrir nas ilhas desconhecidas.

Recomendo vivamente esta série.


Raul Brandão (1867-1930)

Raul Brandão (1867-1930) nasceu na Foz do Douro e faleceu em Lisboa. Matriculou-se no Curso Superior de Letras, tendo criado, com António Nobre e Justino de Montalvão, o grupo iconoclasta Os Insubmissos, que coordenou a publicação de uma revista com o mesmo título. Dirige nos finais do século XIX, com Júlio Brandão e D. João de Castro, a Revista de Hoje e colabora no jornal Correio da Manhã. Com 24 anos de idade, Raul Brandão decide deixar o curso de letras e muda-se para a Escola do Exército.
Após o curso de oficiais tirado em Mafra, muda-se para Guimarães onde é colocado como alferes.
Raul Brandão visitou os Açores no verão de 1924, dessa viagem resultou a publicação das obras “As ilhas desconhecidas” uma das obras que mais influenciaram na formação da imagem interna e externa dos Açores. Basta dizer que é em As ilhas desconhecidas que se inspira o conhecido código de cores das ilhas açorianas: Terceira, ilha lilás; Pico, ilha negra; S. Miguel, ilha verde...
Faleceu a 5 de Dezembro de 1930, aos 63 anos de idade, deixando uma extensa obra literária e jornalística.


CONTINUA...

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Candidatos às Eleições Europeias de 2009

Sim, sim. Você decide. Votando.

Ao votar nas eleições para o PE, decide quem vai influir no seu futuro e no dia-a-dia de cerca de 500 milhões de cidadãos europeus. Se isso não o(a) preocupa, alguém se preocupará por si - decidindo quem o(a) vai representar na única assembleia pan‑europeia eleita por sufrágio directo. Os deputados eleitos vão moldar o futuro da Europa nos próximos 5 anos. Tenha a Europa que quer! Se não votar, não se queixe!

http://www.europarl.europa.eu/elections2009

http://europeias.sapo.pt/candidatos/


quarta-feira, 20 de maio de 2009

IDA, o mais antigo antepassado do homem

Chama-se Ida e é o mais velho antepassado do homem, com 47 milhões de anos. O pequeno fóssil, em estado de conservação quase perfeito, foi descoberto em 1983 na pedreira de Messel (Alemanha), mas os resultados da análise do achado só agora foram divulgados, e são já considerados um acontecimento científico excepcional. Embora se assemelhe aparentemente aos lémures, uma análise mais cuidada revelou características distintas, pelo que foi considerado uma nova espécie: o Darwinius masillae, nome escolhido em homenagem a Charles Darwin, pai da teoria da evolução, de que este ano se comemora o 200º centenário. Esta espécie era herbívora, via a três dimensões, tinha cinco dedos e polegar oponente. O fóssil encontrado era do sexo feminino. A qualidade do achado permite inclusivamente ver os contornos dos pêlos e os restos de uma refeição. A descoberta entusiasmou a comunidade científica pelo facto de ser o mais antigo antepassado comum dos primatas encontrado - uma espécie de elo até agora perdido. O norueguês Jorn Horum liderou a equipa do Museu de História Natural de Oslo que coordenou a investigação, e os resultados foram publicados na Public Library of Science. Ida está neste momento em exposição no Museu de História Natural de Nova Iorque. Depois, regressa a Oslo.

Fonte:sapo

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Tolstoi, reconhecido como um dos maiores escritores de todos os tempos

Liev Tolstói, também conhecido como Léon Tolstói ou Leão Tolstoi ou Leo Tolstoy, Lev Nikoláievich Tolstói

(9 de setembro de 1828 – 20 de novembro de 1910) foi um escritor e ensaísta russo muito influente na literatura e política de seu país.

Junto a Fiódor Dostoiévski, Tolstói foi um dos grandes da literatura russa do século XIX, obras como ‘Guerra e Paz’ (no qual discorre sobre as campanhas de Napoleão na Rússia) e Anna Karenina (marcante personagem feminina usada para denunciar ao ambiente hipócrita de sua época), revelam o seu génio.

Leon foi um homem profundamente contraditório: bissexual, alcoólatra, atormentado dúvidas religiosas (seus escritos inspiraram um movimento religioso chamado ‘tolstoísmo’, pelo qual foi excomungado da Igreja Ortodoxa).

Atormentou e foi atormentado por sua mulher, Sonia Tolstói, cuja biografia foi narrada pela escritora Rosa Montero.

http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT984724-1655,00.html


terça-feira, 5 de maio de 2009

Morreu Vasco Granja (1925-2009)



Apaixonado desde miúdo pelo cinema, Vasco Granja esteve envolvido no movimento cineclubista dos anos cinquenta. A sua relação com os movimentos de oposição ao Estado Novo e ao Partido Comunista Português valeram-lhe duas prisões pela PIDE, mas nem por isso deixou de estar presente no primeiro festival mundial de Animação, em Annecy, França, nos anos 60. Ganhou então uma nova paixão, cujo ídolo maior era o canadiano Norman McLaren, que conheceu pessoalmente.

Em 1974 inaugurou um novo programa na televisão, "Cinema de Animação", que duraria 16 anos. Foram mais de mil programas em que mostrou de tudo um pouco, desde a animação norte-americana, canadiana e europeia até aos países de Leste. Logo em 1975 concebeu um curso de Cinema de Animação, do qual germinaria a Associação Portuguesa de Cinema de Animação.

Entusiasta do Cinanima, defende o estatuto próprio da animação, já que, como escreveu o próprio, esta tem "uma linguagem autónoma, que nada ou quase nada tem a ver com a técnica e a estética do cinema, excepto no que se refere ao suporte material". Sem nunca deixar-se influenciar pelo ambiente político, sobreviveu às constantes mudanças de administrações da RTP, e influenciou toda uma nova geração de criadores de animação portugueses.

ENTREVISTA:

http://www.amordeperdicao.pt/especiais_solo.asp?artigoid=119

terça-feira, 28 de abril de 2009

INTERNET OS MAIS VISITADOS


Já pensaste quais são os sites mais visitados do mundo ?? Ou do teu País?

www.alexa.com

quarta-feira, 22 de abril de 2009

TODOS OS DIAS SÃO DIAS DA TERRA

O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição. É festejado em 22 de Abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.
Neste dia é comemorado em todo o mundo o Dia da Terra, comemoração que visa a consciência e preservação do meio ambiente.

O dia 22 de Abril marca a luta pelo meio ambiente por todo o mundo. Milhões de pessoas manifestam-se de modo a chamar a atenção dos governos, para os problemas que afectam o planeta, o aquecimento global e todos os géneros de poluição.

Mas em Portugal nada se falou nem hoje nem nos restantes dias do ano.

Pedro Carrega



sexta-feira, 17 de abril de 2009

KHMER ANGKOR

No meio das extensas e densas florestas do Cambodja sobrevivem os sinais de uma antiga e grandiosa civilização: eram um povo chamado Khmer.
Hoje em dia, milhões de turistas visitam os templos de Angkor em busca de um tanto que restou da atmosfera majestosa da daquela cidade fabulosa. Embora a maioria dos visitantes tenha o interesse voltado para os templos grandiosos da cidade, um intrigante monte de lendas, não raro passa desapercebido; estórias cuja expressão silenciosa mantém-se na discrição das figuras entalhadas que adornam as construções.

São relevos que falam do quotidiano daqueles tempos remotos além de registos de conquistas militares e existem alguns que são intrigantes: criaturas exóticas que, são classificadas como "mitológicas".

Mas será que todos os fantásticos animais que habitam as paredes de Angkor são apenas mitos? Ou seriam representações de criaturas que realmente existiram?A cultura floresceu no Cambodja há mais de dois mil anos. A princípio, o contacto com tradições indianas exerceu enorme influência no desenvolvimento da sociedade e dos conhecimentos, das técnicas agrícolas à matemática, sobretudo nas regiões costeiras do Cambodja. Muitas das crenças religiosas locais, incluindo a devoção a Vishnu e Shiva, têm origem no hiduísmo.


Freeman, Richard. "In the Coils of the Naga," Fortean Times, February 20032)
Harold Stephens. Return to Adventure Southeast Asia (Wolfenden, 2000)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

“a atitude contraditória do povo deve levar-nos a olhar para nós mesmos"

O Bispo do Algarve exortou este ano os cristãos algarvios, no dia de abertura da Semana Santa que está a decorrer, a celebrarem os “mistérios fundamentais” da sua fé – a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo – “conferindo-lhe uma densidade e intensidade litúrgicas únicas”, tendo como modelo “a generosidade do cirineu, a profissão de fé do centurião romano, a fidelidade de Maria, de João e a das outras mulheres e a coragem de José de Arimateia” para que possam fortalecer ainda mais a sua adesão a Cristo e o testemunho da sua Morte e Ressurreição.

D. Manuel Quintas explicou no que todas as celebrações desta Semana Maior para os cristãos conduzem à vivência da “alegria da Ressurreição”.

Falando na antiga capela do Paço Episcopal, em Faro, onde teve início a celebração que contou com a bênção e procissão dos ramos, o Bispo diocesano contextualizou o sentido daquele acto litúrgico, salientando tratar-se da memória da “entrada triunfal de Jesus em Jerusalém”. Evocando a subida de Cristo à Cidade Santa, o Prelado constatou a “atitude espontânea de aclamação, de cariz messiânico” dirigida pelo povo a Jesus, embora sem uma convicção verdadeira.

“Vemos que esta espontaneidade não é verdadeiramente uma adesão assumida a respeito da pessoa de Jesus e que este entusiasmo é superficial porque, pouco depois, este mesmo povo pedirá a morte de Jesus”, evidenciou.

Depois do breve cortejo para a Sé de Faro, já na Catedral diocesana D. Manuel Quintas acrescentou que “a atitude contraditória do povo deve levar-nos a olhar para nós mesmos, de modo a apercebermo-nos sobre a verdade da nossa fé e a autenticidade da nossa adesão a Cristo em todas as situações da nossa vida”.

“Somos convidados a acolher Jesus como Rei, sabendo porém que Ele manifestou a sua realeza no serviço e entrega da própria vida”, exortou, tendo começado por lembrar que a liturgia do Domingo de Ramos constitui a “porta de entrada na Semana Santa”.

O Bispo do Algarve recordou que “a narração da Paixão de Jesus põe em relevo a fidelidade de Cristo em contraste com as infidelidades do homem”. “Ao contemplarmos a Paixão de Jesus sabemos, à luz da fé, que, pelo seu sofrimento, assumiu o sofrimento de toda a humanidade”, referiu.

No final da Eucaristia, o Bispo diocesano exortou ainda os algarvios a participarem “o mais possível nas celebrações [da Semana Santa], particularmente nas do Tríduo Pascal” que decorre na Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Sábado Santo, “sobretudo se a vida profissional não o dificultar”.

www.agencia.ecclesia.pt

terça-feira, 24 de março de 2009

Faro.

Faro – A resplandecente Ossónoba romana, a antiga Harun árabe e a prospera Faraon cristã, que nos Sec. XVI se tornou sede do bispado.
Aqui aportou o infante D. Henrique que com a esquadra que iria conquistar Ceuta em 1415. Pertenciam a este porto muitas das caravelas piscarescas que fainavam desde os mares de Larache até aos Açores, abrindo caminho aos pilotos do Infante. Do seu património destaca-se a Sé construída em 1251 sobre os alicerces da derrubada mesquita árabe, as igrejas de S. Pedro, da Misericórdia e o convento de Nª Sª da Assunção, que remontam ao Sec. XVI. Os templos do Carmo e de S. Francisco, assim como o arco da Vila são do Sec. XVIII. A visita ao Museu arqueológico e Lapidar infante D. Henrique é quase imprescindível sendo de realçar a sua grande diversidade patrimonial. Fora de portas recomenda-se a vila romana de Milreu e o palácio de Estói.

José Vilhena mesquita “Estudos de Historia do Algarve”

segunda-feira, 16 de março de 2009

Fórum Mundial da Água

Em ISTAMBUL, Turquia realiza-se a partir hoje O V Fórum Mundial da Água, que pretende apresentar respostas para escassez do recurso provocada pelo crescimento da população, o esbanjamento, o consumo extravagante e o aumento da necessidade de energia.

O encontro, de uma semana, acontece a cada três anos e nesta ocasião reúne um número de participantes nunca visto, 28.000 pessoas de mais de 180 países, segundo os organizadores.

O fórum analisará os problemas da escassez de água, o risco de conflito entre países pelo poder dos domínios hídricos.

"Nosso comportamento é cada vez mais irreflectido e inconsequente", denunciou na abertura o francês Loïc Fauchon, presidente do Conselho Mundial da Água, que convoca o encontro.

"Aumentar indefinidamente a oferta de água é caro, muito mais caro hoje, em um contexto de evolução do clima e crise financeira. Aumentar a oferta coloca em perigo o meio natural", explicou.

"Somos responsáveis pelas agressões cometidas contra a água, responsáveis pela evolução do clima, que vem se somar às mudanças globais, responsáveis das tensões que reduzem a disponibilidade das massas de água doce, indispensáveis para a sobrevivência da humanidade", completou.

A previsão é de que a população mundial, actualmente superior a 6,5 biliões de pessoas, pode chegar a nove biliões até meados do século, o que aumentará consideravelmente a demanda de recursos hídricos, a 64 biliões de metros cúbicos por ano, segundo a ONU.

Segundo a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE), o número de pessoas com graves problemas para conseguir água chegará a 3,9 biliões em 2030, ou seja, metade da população do mundo. A maioria vive na China e sul da Ásia.

As contas da OCDE não incluem o impacto da mudança climática, que pode já estar afectando as coordenadas da água, mudando o lugar e o momento das chuvas.

Quase 2,5 biliões de pessoas não têm acesso a saneamento básico, o que contraria as Metas de Desenvolvimento do Milénio da ONU.

Os cientistas acreditam que as causas da crise são a irrigação excessiva, as falhas no fornecimento urbano, a contaminação dos rios e a extracção desenfreada de qualquer fonte.

O Fórum da Água, que terminará no próximo domingo, começa com uma reunião com um pequeno número de chefes de Estado e de Governo convidados pela Turquia.

Também acontece uma reunião ministerial para elaborar projectos de melhor gestão da água e para a resolução de conflitos motivados pelos recursos hídricos.

Além da dimensão política, a conferência também tem a participação de empresas que actuam na indústria da água.

"Temos que nos organizar para usar a água de modo sustentável. Precisamos de sistemas para administrar a água", afirmou Mark Smith, do grupo ecológico União Internacional para a Conservação da Natureza .

2009 AFP

domingo, 15 de março de 2009

Bartolomeu Dias


É difícil reconstruir com exactidão a vida de Bartolomeu Dias. Não existem informações quanto à data e ao local do seu nascimento e, dos dados conhecidos anteriores à viagem que o tornou célebre, podemos apenas afirmar com certeza que Bartolomeu Dias foi escudeiro de D. João II e que acompanhou Diogo de Azambuja a S. Jorge da Mina, ajudando-o na tomada da fortaleza. Em 1478 estaria envolvido em acções de corso e terá sido esse o motivo que levou o rei a conceder-lhe o quinto real das presas por ele tomadas. Certamente pertenceria à pequena nobreza como muitos capitães do seu tempo.

Quando D. João II subiu ao trono, tornou-se evidente que um dos seus grandes objectivos era a chegada ao Oriente, e que os seus esforços incidiriam particularmente na procura de uma rota marítima que ligasse o Oceano Atlântico ao Índico. É dentro deste âmbito que podemos enquadrar as viagens de Diogo Cão ao longo da costa ocidental africana, entre 1482 e 1486. Todavia, estas não obtiveram os resultados pretendidos pelo rei, o qual, não desistindo do seu objectivo, prepara uma nova armada em 1487.

Bartolomeu Dias foi nomeado capitão-mor de uma frota constituída por duas caravelas de cerca de 50 tonéis cada uma e uma naveta de apoio, que transportava os mantimentos: a S. Cristóvão, capitaneada por si próprio; a S. Pantaleão foi conduzida por João Infante ; e a naveta era comandada por Diogo Dias, irmão de Bartolomeu.

Uma das principais fontes sobre a mesma é a carta de Henricus Martellus Germanus, datada de 1489, onde se encontram delineados os acidentes geográficos encontrados por Bartolomeu Dias durante o seu périplo. A armada saiu de Lisboa em Agosto de 1487, e teria seguido a rota corrente, abastecendo-se provavelmente em S. Jorge da Mina. Em Dezembro, a expedição já teria chegado ao limite das viagens de Diogo Cão, a Serra Parda. No Natal de 1487, Bartolomeu Dias chegou à Angra Pequena. Já em 1488 a armada atinge a Angra das Voltas, onde os ventos de sueste o forçaram a abandonar a navegação costeira, entrando no mar alto. Navegam então para Sudoeste e só ao fim de alguns dias voltam novamente a singrar para Leste. No entanto, como não vislumbram costa, Bartolomeu Dias decidiu rumar a Norte e, tendo encontrado terra, os homens ficaram convencidos de terem chegado à extremidade meridional do continente africano, tendo portanto entrado no Índico. Os navegadores decidiram empreender a viagem de regresso e só nesse altura encontraram e exploraram o Cabo das Agulhas e em seguida o Cabo da Boa Esperança.

As duas caravelas aportaram em Lisboa em Dezembro de 1488, após dezasseis meses e dezassete dias de viagem; porém, e ao contrário do que seria esperado, se existiu uma recompensa régia esta não se traduziu em mercês imediatas: só mais tarde, após a morte do navegador, D. Manuel I atribuiu uma tença de 12$000 reis anuais aos seus filhos.

Sabemos que depois de ter regressado a Lisboa foi recebedor do Armazém da Guiné entre 1494 e 1500. Por volta de 1499 poderá ter participado em viagens de reconhecimento de correntes e regimes de ventos no Atlântico Sul e talvez tenha sido por isso que não incorporou a armada quem em 1498 chegou a Calecute. Mas em 1500 esteve presente na armada de Pedro Álvares Cabral, naquela que foi a sua última viagem. Depois da descoberta do Brasil, a caravela capitaneada por Bartolomeu Dias foi atingida por uma tempestade e naufragou quando se aproximava precisamente do Cabo da Boa Esperança.

O nome de Bartolomeu Dias ficará ligado à entrada num novo mundo, que transformou por completo a mundivisão ptolomaica dos seus contemporâneos. As suas viagens deram um contributo essencial para a construção de uma nova rota que se revelaria fundamental para chegar à Índia. Sem o saber, Bartolomeu Dias contribuiu decisivamente para uma mudança definitiva na história do Oceano Atlântico.


Luisa Gama
http://cvc.instituto-camoes.pt

quarta-feira, 4 de março de 2009

Bartolomeu Dias

Em 1486, o rei dom João II passou o comando de uma expedição marítima a Bartolomeu Dias. A missão era procurar e estabelecer relações pacíficas com um legendário rei cristão africano, conhecido como Prestes João. Ele tinha ordens também de explorar o litoral africano e encontrar uma rota para as Índias.

As duas caravelas de 50 toneladas e uma naveta auxiliar passaram primeiro pela angra dos Ilhéus (atual baía de Spencer) e o cabo das Voltas. Entraram em seguida num violento temporal. Ficaram treze dias sem controle, enfrentando o vento e as ondas. Quando o mar acalmou, navegaram para leste em busca da costa, mas só encontraram mar.

Decidiram, então, ir para o norte, onde acharam diversos portos. Ao encontrar a foz de um rio, que batizaram de rio do Infante, a tripulação obrigou o capitão a voltar. Era o final de janeiro e início de fevereiro de 1488.

Bartolomeu Dias deu-se conta então que passara pelo extremo sul da África, o cabo que, por conta da tempestade, ele havia chamado de cabo das Tormentas. O rei dom João II viu a novidade com outros olhos e mandou mudar o nome para Boa Esperança. Afinal, uma expedição portuguesa provara que havia um caminho alternativo para o comércio com o Oriente.

A primeira representação cartográfica das zonas exploradas por Bartolomeu Dias é o planisfério de Henricus Martellus. Em 1652, o mercador holandês Jan van Riebeeck fundaria um posto comercial na região que, mais tarde, se tornaria a Cidade do Cabo.

Bartolomeu Dias voltou ao mar em 1500, no comando de um dos navios da frota de Pedro Álvares Cabral. Após passar pelas costas brasileiras, a caminho da Índia, Bartolomeu Dias morreu quando sua caravela naufragou, ironicamente, no cabo da Boa Esperança. Frágil, a caravela era um barco rápido, pequeno e de fácil manobra. Em caso de necessidade, podia ser movida a remo.

Os dados biográficos do navegador anteriores a essas viagens são escassos e contraditórios. A data de nascimento é ignorada. Ele foi escudeiro da Casa Real e administrador do Armazém da Guiné, e sabe-se que descendia de Dinis Dias. Há informações sobre um certo Bartolomeu Dias, mercador entre Lisboa e a Itália nos anos de 1475 e 1478, porém, pode ser outra pessoa com o mesmo nome.

No entanto, seu feito nas costas africanas o fez ser imortalizado pelos dois mais famosos poetas portugueses. Além de ser personagem de Camões, em Os Lusíadas, Fernando Pessoa fez um epitáfio para ele:

"Jaz aqui, na pequena praia extrema,/ O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro,/ O mar é o mesmo: já ninguém o tema!/ Atlas, mostra alto o mundo no seu ombro."

CONTINUA...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Karl Adolf Eichmann

Karl Adolf Eichmann tinha a tarefa de expulsar a comunidade judaica.

Primeiro foi um oficial da imigração judaica, depois implementou a estratégia dos campos de concentração. Em 1942 Eichmann ajudou a organizar a "Conferência de Wannse" onde ele e Heydrich, juntamente com 15 burocratas nazis, planearam a exterminação dos judeus por toda a Europa. Também esteve ligado ao terrível acto de matar judeus usando banhos e câmaras de gás. O desejo de Eichmann de matar judeus era tão forte que foi ele quem aprovou o uso de ziclónio B ( gás venenoso). Antes do final da guerra, em 1944, ainda viajou pelo Reich para se assegurar que tudo estava bem, e que o extermínio continuava.


Após a guerra, Eichmann foi preso e levado como prisioneiro para o campo americano. Lá ficou conhecido como Otto Eckmann. Por causa disso, e como o seu nome ainda não era muito conhecido, ele conseguiu escapar do campo americano em 1946, quase 2 anos depois da guerra. Mais tarde fugiu para a Argentina, e lá voltou a mudar o nome para Otto Henninger, uma vez que esse nome estava ligado ao julgamento de Nuremberga. Depois do julgamento de Nuremberga, começaram a procurá-lo, por isso ele fugiu para Itália, onde voltou a trocar de nome para Richar Klement. Mas em 1950, com a ajuda do movimento secreto nazi, voltou para a Argentina, que era um bom local para os nazis da altura. Em 1956 foi-lhe pedido que escrevesse um livro sobre as suas experiências durante a guerra. Este livro foi usado mais tarde no seu julgamento. Ele foi capturado devido à permissão de David Ben Gurion (primeiro ministro de Israel) para prender criminosos de guerra. Primeiro a MOSAD (serviço secreto de Israel)recebeu informação sobre Eichmann, mais tarde colocaram a sua casa sob vigilância e, em 1960, prenderam-no. É condenado à morte e morre no dia 1 de Junho de 1962.


Aconselho a visitar o site do MUSEU DO HOLOCAUSTO EM WASHINGTON, é um site bastante interessante e com muitos documentos disponíveis.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Alexandre Dumas


Alexandre Dumas, pai (Villers-Cotterêts, 24 de Julho de 1802 — Puys, 5 de dezembro de 1870) foi um romancista francês. O seu nome de baptismo era Dumas Davy de la Pailleterie. Nasceu na região de Aisne, próximo a Paris. Era neto do marquês Antoine-Alexandre Davy de la Pailleterie e de uma escrava (ou liberta, não se sabe ao certo) negra, Marie Césette Dumas. Seu pai foi o General Dumas, grande figura militar de sua época.

1802 - Em 24 de Julho, em Villers-Cotterêts, França, nasce Alexandre Dumas, filho de Marie Louise e do general Thomas Alexandre Dumas Davy de la Pailleterie.

1818 - Alexandre conhece Adolphe de Leuven. Trabalha como escriturário no notariado de sua cidade.

1821 - Juntamente com Leuven, escreve a peça O Major se Strasburgo.

1822 - Transfere-se para a capital e passa a trabalhar com o duque de Orléans.

1824 - Em 27 de Julho nasce Alexandre Dumas, filho.

1828 - Escreve a primeira versão de Cristina, em cinco actos.

1829 - Em Fevereiro estreia no Comédie-Française com a peça Henrique III e Sua Corte.

1831 - Estreia en Antony, com grande sucesso.

1832 - Dumas apresenta as peças de Napoleão Bonaparte, Carlos VII entre Seus Grandes Vassalos e A Torre de Nesle. Viaja para a Suíça. Publica Impressões de Viagem.

1835 - Viaja à Itália.

1840 - Dumas casa-se com a atriz Ida Ferrie. Publica o Cavaleiro de Harmenthal, em colaboração com Auguste Maquet.

1844 - Separa-se da esposa. Começa a publicar Os Três Mosqueteiros.

1845 - Publica O Conde de Monte Cristo e Vinte Anos Depois.

1848 - Publica O Visconde de Bragelonne, encerrando o ciclo de Os Três Mosqueteiros.

1870 - Em 5 de Dezembro morre em Puys.