(Bona, 1770 - Viena, 1827)
Músico alemão. Filho e neto de músicos, destaca-se muito cedo como pianista e improvisador. Desfruta de excelentes mestres desde muito jovem e recebe algumas lições de Haydn, Mozart e Salieri. Mudando-se para Viena, encontra protectores ricos e poderosos e um meio muito favorável ao desenvolvimento das suas capacidades. Os seus protectores, o príncipe Lichnowsky, o barão Van Swieten, o arquiduque Rodolfo e outros, põem à sua disposição os executantes e artistas de que necessita para a audição das suas composições. Desta primeira época são o Concerto para Clavicórdio ou Piano Forte em Mi Bemol Maior, várias sonatas, entre elas a Patética, e o célebre Septeto. Cerca de 1790 manifesta-se-lhe a surdez, que acaba sendo total. Além disso, padece de afecções intestinais contínuas. Mas nem por isso diminui o seu ímpeto criador. Em 1802, após uma profunda crise espiritual, aceita a sua surdez.
A sua segunda etapa vai de 1801 a 1814. Nela reforma a estrutura clássica da sinfonia, compondo as Segunda, Terceira ou Heróica, Quarta, Quinta e Sexta sinfonias. Nesta, a Pastoral, tipicamente pré-romântica, idealiza a vida do campo. É também a época de Fidélio, ópera que compõe e retoca várias vezes até a dar por concluída. Compõe, além disso, nesta época as suas sonatas mais famosas: Aurora, Appassionata, Sonata a Kreutzer, etc. Em 1808, Jerónimo Bonaparte tenta atraí-lo para a sua corte de Kassel, mas os seus protectores dão-lhe uma pensão anual para que permaneça em Viena. Contudo, e por causa da guerra, entre 1811 e 1815 passa por dificuldades económicas.
Em 1815 inicia-se a sua última etapa, à qual pertencem as últimas sonatas para piano, os últimos quartetos, a Grande Fuga para instrumentos de arco, a Missa Solemnis em Ré Maior (acabada em 1823) e, sobretudo, a Nona Sinfonia, cujo último movimento, com seus coros e recitativos (novidade importante), é uma explosão de alegria, admirável num homem que tem motivos mais que suficientes para estar amargurado. Em 1826, as doenças sucedem-se: pneumonia, hidropisia, cirrose hepática.
Artigo retirado de_www.vidaslusofonas.pt
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