terça-feira, 24 de abril de 2007

25 de Abril de 1974! Dia da Liberdade!


O levantamento militar do dia 25 de Abril de 1974 derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal desde 1926, sem grande resistência das forças leais ao governo, que cederam perante o movimento popular que rapidamente apoiou os militares. Este levantamento é conhecido por 25 de Abril ou Revolução dos Cravos. O levantamento foi conduzido pelos oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Considera-se, em termos gerais, que esta revolução devolveu a liberdade ao povo português (denominando-se "Dia da Liberdade" o feriado instituído em Portugal para comemorar a revolução).
No dia seguinte, forma-se a
Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, e que procederá a um governo de transição. O essencial do programa do MFA é, amiúde, resumido no programa dos três D: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver.

Entre as medidas imediatas da revolução contam-se a extinção da polícia política (PIDE/DGS) e da Censura. Os sindicatos livres e os partidos foram legalizados. Só a 26 foram libertados os presos políticos, da Prisão de Caxias e de Peniche. Os líderes políticos da oposição no exílio voltaram ao país nos dias seguintes. Passada uma semana, o 1º de Maio foi celebrado legalmente nas ruas pela primeira vez em muitos anos. Em Lisboa reuniram-se cerca de um milhão de pessoas.
Portugal passou por um período conturbado que durou cerca de 2 anos, comummente referido como
PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado pela luta entre a esquerda e a direita. Foram nacionalizadas as grandes empresas. Foram igualmente "saneadas" e muitas vezes forçadas ao exílio personalidades que se identificavam com o Estado Novo. No dia 25 de Abril de 1975 realizaram-se as primeiras eleições livres, para a Assembleia Constituinte, que foram ganhas pelo PS. Na sequência dos trabalhos desta assembleia foi elaborada uma nova Constituição, de forte pendor socialista, e estabelecida uma democracia parlamentar de tipo ocidental. A constituição foi aprovada em 1976 pela maioria dos deputados, abstendo-se apenas o CDS.
A guerra colonial acabou e, durante o
PREC, as colónias africanas e Timor-Leste tornaram-se independentes.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

São Jorge - O Santo Guerreiro

Foto do palacio de San Giorgio (Genova)

No livro escutismo para rapazes, Baden Powell referiu-se aos Cavaleiros da Távola Redonda, à Lenda do Rei Artur e a São Jorge que era o seu santo protector. B.P. disse:


"São Jorge é também o patrono de todos vós, escuteiros, em qualquer lado onde estiverdes. Por isso todos vos devereis saber a sua história, pois São Jorge é um exemplo sempre vivo do que um escuteiro deve ser. Quando ele enfrentava o perigo ou situações temerosas, quanto mais difíceis elas pudessem ser, mesmo na forma de um dragão – ele nunca as evitava ou tinha medo. Enfrentava-as sim, com todo fervor sem procurar descanso. É esta exatamente a forma com um escuteiro deve enfrentar uma dificuldade ou um perigo, não importando o quão grande e terrífico ele possa parecer. O escuteiro deverá enfrentá-lo com confiança, usando todas as suas forças possíveis e ultrapassando-se a si próprio. Provalvelmente terá sucesso”.


Dia 23 de Abril é dia de São Jorge e nesse dia , os escuteiros deverão lembrar-se da sua promessa e da lei de escuta. Não que um escuteiro a deva esquecer nos outros dias, mas o dia de São Jorge é um dia especial para reflectir sobre ela.
Pensa-se que São Jorge tenha nascido na Capadócia, Ásia Menor, e tenha vivido no tempo do Imperador Romano, Dioclétio (245-313 d.C.)- Filho de um homem que morreu pela Fé, fugiu com a mãe para a Palestina, onde se expôs à cultura romana. Tornou-se então um cavaleiro de elevado grau hierárquico na Legião Romana. Sob ordens do Imperador Romano, recusou-se a perseguir Cristãos, na região onde é hoje a Palestina, sendo por isso preso, torturado e decapitado a 23 de Abril de 303 d.C. Conta-se que ao ser torturado fez o sinal da cruz e todas as estátuas dos Deuses romanos caíram. A imperatriz Alexandra ao ver este milagre, decidiu converter-se sendo posteriormente morta pelo marido.
São Jorge foi canonizado em 494 d.C., pelo Papa Gelásio proclamando-o um daqueles cujo nome “será referido entre os Homens, mas cujos actos serão conhecidos apenas por Deus”.
A lenda de São Jorge é a lenda alegórica do Bem contra o Mal.

O próprio nome vem do Grego e significa homem da Terra.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Charles Dickens



Oliver Twist


Charles Dickens
Landport, Portsmouth, 1812 - Gadshill, Rochester, 1870

Escritor inglês. De família modesta, ao ser o seu pai encarcerado por dívidas, vê-se obrigado, sendo criança, a trabalhar numa fábrica de betume. Após estudos mínimos, trabalha como ajudante num escritório de advogados. Logo de seguida é cronista parlamentar e redactor de jornais humorísticos, até que, com The Pickwick Papers, aos vinte e seis anos, se torna de repente num autor de sucesso. Os seus romances posteriores, publicados em forma de folhetim mensal, conhecem grande êxito.

Nos seus romances Dickens denuncia frequentemente o poder político e os ricos vaidosos e especuladores. Nele o pensamento idealista e o romance sentimental unem-se para comover a sensibilidade do leitor e despertar a sua consciência moral. O realismo de Dickens não é sombrio e negativo, mas amável e sorridente, cheio de humor. Os seus melhores relatos têm por heróis crianças e tipos extravagantes.

A sua obra mais apreciada é The Pickwick Papers, romance imediata e popularmente admirado. Esta obra-prima do humor e da ternura apresenta o Sr. Pickwick, sábio distraído que viaja por Inglaterra. Dickens é um mestre das narrativas protagonizadas por crianças (David Copperfield, Tempos Difíceis, Oliver Twist). Nelas reflecte a sua própria infância infeliz, com o que a narrativa alcança o vigor e o colorido do autobiográfico. Fustiga com insistência uma sociedade insensível ao abandono das crianças e aos sofrimentos dos pobres.

Obras

The Pickwick Papers (1836)
Oliver Twist (1837–1839)
Nicholas Nickleby (1838–1839)
The Old Curiosity Shop (“Loja de Antiguidades”)(1840–1841)
Barnaby Rudge (1841)

Os Livros de Natal:

A Christmas Carol (“Canção de Natal” ou “Um canto de Natal”) (1843)
The Chimes (1844)
The Cricket on the Hearth (1845)
The Battle for Life (1846)

Martin Chuzzlewit (1843-1844)
Dombey and Son (1846–1848)
David Copperfield (1849–1850)
Bleak House ("A Casa Abandonada", “Casa desolada” ou “Casa sombria”) - (1852–1853)
Hard Times (“Tempos difíceis”) - (1854)
Little Dorrit (“A pequena Dorrit”) - (1855–1857)
A Tale of Two Cities (“Um conto de duas cidades”) (July 11, 1859)
Great Expectations (“Grandes Esperanças”) - (1860–1861)
Our Mutual Friend (1864–1865)
The Mystery of Edwin Drood (inacabado) (1870)

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Lince Ibérico



O lince-ibérico é actualmente considerado o felino mais ameaçado do mundo e encontra-se classificado como espécie Em Perigo de extinção pelos Livros Vermelhos de Portugal, Espanha e UICN. Também se encontra protegido pela Convenção de Berna e pela Convenção que regulamenta o Comércio de Espécies Selvagens, sendo considerado pela Directiva Habitats como uma espécie prioritária.

As principais ameaças à sua sobrevivência são a acentuada regressão do coelho-bravo e a destruição dos habitats mediterrânicos.
A regressão desta espécie em Portugal iniciou-se sobretudo aquando da "campanha do trigo" nos anos 30-40, altura em que o seu habitat foi consideravelmente reduzido. Mais tarde, a mixomatose e a febre hemorrágica viral foram responsáveis por uma acentuada regressão das populações de coelho-bravo, principal presa da sua dieta. Outro dos grandes desequilíbrios induzidos pelo homem foi a destruição de áreas naturais para plantação de espécies florestais mais rentáveis economicamente como é o caso dos pinheiros e dos eucaliptos. Desde então, as populações desta espécie nunca mais voltaram a recuperar e nos anos 80 temia-se já que apenas existissem 50 indivíduos em território nacional.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Memorias do passado.


CLICA NA FOTO PARA AUMENTAR.

Descobre onde está o nosso Grande Mário Rui??


Esta fotografia foi cedida pelo Sr. Vasco Vaz Velho antigo chefe do nosso Agrupamento e Fundador.
Esta Fotografia foi tirada no dia da promessa de lobito, do nosso Grande Amigo e chefe de Agrupamento Prof. Mário Rui no ano de 1971.
Mario Rui é um Grande chefe, um grande Homem , um grande exemplo na sociedade dos dias de hoje.



quinta-feira, 12 de abril de 2007

Sé Catedral / Igreja de Santa Maria



Sé CatedralDa construção primitiva (sécs. XIII/XIV) apenas ficaram o portal principal, a torre que domina a fachada principal e duas capelas do cruzeiro. 0 saque e incêndio, em 1596, tornou necessárias grandes obras, continuadas mais tarde devido aos abalos de terra em 1722 e 1755.Interior de três naves, com colunas de ordem toscana. Capela-mor com valioso retábulo, cadeiral e duas telas italianas. Capelas colaterais do Santíssimo Sacramento, com paredes e retábulo central revestidos a talha e quatro telas do séc. XVIII, e do Santo Lenho, com magnífica talha, um importante conjunto de relicários e o túmulo do bispo fundador

(séc. XVIII), que constituem duas das melhores manifestações da talha barroca no Algarve. Entre as capelas laterais, merecem destaque as dedicadas a Nossa Senhora da Conceição e São Domingos, revestidas com azulejos e que mantiveram a estrutura gótica; a capela de Nossa Senhora dos Prazeres, pequena jóia da arte barroca na sua talha, mármores com embutidos, azulejos e pintura; e a capela de Nossa Senhora do Rosário, associada à Confraria que, desde o séc. XVI, agrupava os nativos africanos, com retábulo de talha dourada, painéis de azulejos figurativos do final do séc. XVII e dois curiosos e muito raros lampadários figurando negros (séc. XVIII).Capela-mor e paredes laterais do templo revestidas com azulejos polícromos de tapete do séc. XVII. Aparatoso órgão barroco, com pinturas "chinoiserie".A imaginária e a talha da Sé Catedral constituem um dos mais valiosos conjuntos da arte dos sécs. XVII e XVIII no Algarve.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Júlio Verne



Jean Jules Gabriel Verne Allote (Júlio Verne)
Nasceu em Nantes a 8 de Fevereiro de 1828.
Passou a infância neste porto do Atlântico, onde acostavam navios carregados com especiarias estonteantes e de onde zarpavam naus para terras desconhecidas. Nantes foi também o porto onde confluíam os negreiros do tráfico de escravos do século XIX.Mas, para Júlio Verne, foi nesta cidade costeira que a sua imaginação se libertou das amarras: "Sonhava subir aos mastros dos navios, viajava agarrado a eles", escreveu em Souvenirs d"infance et de jeunesse (Memórias da infância e da juventude).Aos 12 anos trocou de lugar com um adolescente para ir como grumete a bordo do Coralie, um cargueiro à vela que ia para as Bermudas e que estava atracado no porto de Poimbeuf. Foi descoberto e mandado para casa.Filho de Sophie Allote de la Fuÿe, esta de um família burguesa de Nantes, e Pierre Verne, um advogado proeminente, acompanhou o pai na sua mudança para Paris, em 1848, em busca de uma melhor clientela.Aí estudou, dividindo o seu tempo entre o curso de Direito e tertúlias literárias, às quais fora apresentado pelo seu tio. Conheceu personalidades importantes da literatura francesa sua contemporânea, como Victor Hugo e Alexandre Dumas Filho, e não tardou ele próprio a escrever sob a sua orientação acabando por se tornar secretário do Thêatre Lyrique.Estreou a sua primeira peça de teatro "Les Pailles Rompues" em Paris, aos vinte e dois anos de idade e, um ano depois, em 1851, o seu primeiro conto de ficção científica, "Un Voyage En Ballon". Ainda incapaz de viver exclusivamente da escrita, Verne fez-se valer do seu diploma em Direito, encontrando o seu sustento como operador financeiro. Em 1857, casou-se com uma jovem viúva de 26 anos, Honorine de Viane Morel, que já tinha duas filhas e com a qual teve o seu único filho, Michel Jean Pierre Verne. Arranjou então um emprego na Bolsa de Paris, para fazer viver o lar, mas continuou a escrever nas horas vagas.

Conheceu o fotógrafo Félix Nadar, apaixonado pelo “balonismo”, como toda a gente em Paris. Nadar era conhecido pelas suas aventuras com balões até que resolveu fazer um passeio com a mulher e mais nove passageiros num enorme balão durante 16 horas. Um acidente ao poisar fê-lo partir as duas pernas. Mas esse facto não fez diminuir em Verne o desejo de escrever sobre máquinas, invenções e viagens pelo mundo. Pelo contrário, a partir daí ele passou a estudar muito mais as revistas científicas e os livros que falavam dessas invenções.
Cinco anos depois, deu-se o ponto de viragem na sua vida e na sua obra, quando Nadar apresentou o editor e também autor de livros infanto-juvenis Pierre-Jules Hetzel que demonstrou interesse em publicar a sua série "Voyages Extraordinaires". O episódio "Cinq Semaines En Ballon" (1863) garantiu a Júlio Verne a popularidade necessária ao seu estabelecimento como escritor a tempo inteiro. Essa história continha detalhes tão minuciosos de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, Júlio Verne nunca havia estado em um balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio de sua imaginação e capacidade de pesquisa. Assinou um contrato no qual precisava de escrever dois livros por ano, nos próximos vinte anos e depois prorrogado por toda a produção futura. Verne cumpriu o contrato durante 40 anos.Procedendo a uma investigação metódica e rigorosa, Verne começou a escrever romances, geralmente de ficção científica, bastante convincentes e realistas. Em "Le Voyage Au Centre De La Terre" (1864, Viagem ao Centro da Terra), descrevia uma expedição científica ao núcleo terrestre, antecipando um sonho de muitos investigadores. O mesmo aconteceu com "De La Terre À La Lune" (1865, Da Terra à Lua), romance que encontraria uma continuação em "Autour De La Lune" (1870, À Volta da Lua) e em que Verne prefigurava em mais de cem anos a primeira expedição lunar. Nesse ano, 1865, tornou-se membro da Sociedade de Paris ficando amigo de cientistas famosos. Teve a consciência de que contribuía com as suas obras para a divulgação dos conhecimentos da época.
O carácter visionário da obra de Júlio Verne pode também ser notado em obras como "L'Île Mystérieuse" (1874, A Ilha Misteriosa) e "Vingt Mille Lieus Sous Les Mers" (1869-70, Vinte Mil Léguas Submarinas), romance em que o carismático Capitão Nemo profetizava a pirataria submarina alemã da Segunda Guerra Mundial.
Em 1867 visitou os Estados Unidos da América, viajando depois pelo Mediterrâneo. Em 1871, Verne foi assediado a tal ponto que, instalou-se em Amiens para ter sossego e poder escrever, optando pela escrita de títulos como "A Ilha Misteriosa" e "Esfinge dos Gelos" em que foca os temas do ambiente, da protecção das espécies e a sobrevivência de culturas nativas. Tinha o costume de escrever dois, às vezes até três livros ao mesmo tempo. Escrevia sempre na página da direita, deixava a esquerda para corrigir o texto e raramente mudava a versão original, o que prova que ele era um redactor fluente.
Desde 1871, membro da Academia de Ciência, de Letras e Artes da cidade, presidiu a instituição em 1875.
Mais tarde, em 9 de Março de 1886, sobrevive a uma tentativa de assassinato pela mão do seu sobrinho Gaston, filho do irmão Paul, devido a um sentimento de inveja e ciúme. Com a bala alojada entre o pé e o tornozelo, viveu coxo com a ajuda de uma bengala nos seus últimos 19 anos de vida. Caiu em depressão na mudança do século, ao perder os seres e as coisas que mais amava: o seu irmão, o seu amigo e editor Hetzel e os seus passeios de barco (pois não se equilibrava mais no convés).
Depois de ter dado ao mundo uma centena de romances e novelas, em 24 de Março de 1905, aos 77 anos, Júlio Verne pediu o livro “Vinte mil léguas submarinas”, chamou a mulher e os filhos, fechou os olhos e faleceu na sua casa em Amiens.As suas histórias foram mais tarde adaptadas por Walt Disney como “Viagem à Lua”, de Georges Méliès, ou “Vinte Mil Léguas Submarinas”, com James Mason e Kirk Douglas.

Na primeira parte da sua obra literária, Verne era um profundo defensor da ciência e do progresso técnico na Europa. Mas nas obras mais tardias é um autor pessimista quanto ao futuro da civilização, adivinhando-se já uma certa atmosfera de “finde- siècle”. A maior parte dos seus romances foram escritos em 1880. A partir de então, explorou o teatro, a poesia e o conto. Ao todo foram 65 romances, 20 “short-stories” e ensaios, 30 peças e trabalhos geográficos e também libretos de ópera.
Não foi um grande viajante nem um grande cientista. Tudo aquilo que escreveu, Verne foi buscar aos livros e publicações que lia vorazmente (assinava inúmeros jornais e revistas, coleccionava enciclopédias e obras científicas), e às suas viagens (realizou o sonho de ter o seu próprio barco), anotando e desenhando tudo o que via.
"Nunca poderá existir outro Júlio Verne, pois nasceu num momento irrepetível da história. Cresceu nos anos em que a máquina a vapor estava a mudar o mundo material, e as descobertas científicas o mundo da mente. Foi o primeiro escritor a receber essas mudanças de braços abertos e proclamou que a investigação científica podia ser a mais maravilhosa aventura. E por isso nunca passará de moda...",

Arthur C. Clarke

ATLÂNTIDA O MISTÉRIO


"... contaram então a Sólon que ele e os demais gregos ignoravam tudo a respeito dos períodos mais antigos da história da humanidade; e explicaram essa ignorância pelo fato de catástrofes e terremotos haverem destruído os monumentos onde os gregos gravaram seus feitos..."


Platão, no Timeu


A lenda de Platão, o filósofo grego, foi preservada por pastores egípcios desde o ano 400 a.C..


Ela descreve dois diálogos que se referem a uma viagem de Sólon ao Egipto, onde ele soube que os sacerdotes egípcios de Sais possuíam registros escritos sobre "uma ilha continental além das Colunas de Hércules chamada Atlântida, o centro de um grande e maravilhoso império" com uma grande população, cidades de telhados de ouro, frota e exércitos poderosos para invasão e conquistas. A Atlântida é descrita como uma civilização avançada, um império de engenheiros e cientistas, tão ou mais avançados tecnologicamente que a nossa civilização.


Segundo a lenda, desapareceu há cerca de 12 mil anos em meio a enchentes e terramotos, forçando seus sobreviventes a se refugiarem por todo o mundo.


Há séculos exploradores e cientistas buscam em vão esta civilização perdida. A maioria dos pesquisadores concorda com os estudos realizados no século XVII pelo padre Kircher, o qual afirmou que o continente desaparecido situava -se a oeste do estreito de Gibraltar, ou seja, submerso em algum lugar do Atlântico. Porém, esta não é a única teoria...


Edgard Cayce e a Atlântida


Edgard Cayce - o profeta adormecido -, previu em 1940 que cerca de 28/29 anos depois, ou seja, em 1968/69, um templo da Atlântida viria a superfície próximo a Bimini. Tal não foi a reação da imprensa e dos meios científicos quando em 1968, assim como havia sido previsto por Cayce, diversas construções submarinas começaram a aparecer nas proximidades de Bimini.
Ao descrever a Atlântida, Cayce disse que a parte afundada estava localizada no fundo do Oceano perto das Bahamas e que estas constituíam os picos da ilha afundada de Poseidia. Cayce afirmou também que as terras próximas a Bimini, seriam as terras mais altas do continente afundado. A isso junta-se o fato de ao sul deste ponto haver um abismo de cerca de 18 mil pés (aproximadamente 5400 metros) de profundidade.
Outras ruínas submarinas posteriormente encontradas, próximas a outras ilhas do Caribe, incluindo o que parece ser uma cidade inteira submersa perto da costa do Haiti e outra ainda, no fundo de um lago. Ainda em 1968, foi descoberta uma espécie de estrada submarina, ao norte de Bimini, desaparecendo nas profundezas do mar.
Pesquisas estão sendo levadas a cabo, para descobrir se as ruínas são dos Maias ou se fazem parte realmente dos feitos de uma outra e mais antiga civilização.


O Fim da Civilização Atlante Segundo Cayce


Segundo Edgard Cayce, o fim da civilização atlante deu-se devido a fatores como descontentamento do povo, escravidão dos trabalhadores e "misturas" (entre homens e animais), sacrifícios humanos, adultério, fornicação generalizada e mau uso das forças da natureza.


Referências Históricas sobre Atlântida


- Também em sua Odisséia, Homero se refere a duas tribos, uma chamada Atarantes e a outra Atlantes a qual o nome derivada de uma montanha cônica e arredondada chamada Atlas. Dizem que era tão alta, que seu cume nunca poderia ser visto, pois as núvens jamais o permitiriam;


- O escritor e sacerdote egípcio Manetho fornece a indicação de que a data em que os egípcios mudaram seu sistema de calendário ocorreu na mesma época em que Platão indica o afundamento da Atlântida, há onze mil e quinhentos anos atrás;


- Consta que existe um registro o qual descreve uma expedição enviada por um faraó da Segunda Dinastia para descobrir o que aconteceu à Atlântida e descobrir se ainda restara alguma coisa. Segundo o que pode ser levantado, a expedição voltou cinco anos depois, sem cumprir a missão;


- Tucídides (460 - 400 a.C.) nas Guerras do Peloponeso descreveu terramotos e inundações as quais destruíram cidades e ilhas e menciona uma terra a qual também fora atingida chamada Atalante;


- Os gauleses, habitantes da antiga Gália, acreditavam que haviam sofrido invasões de um povo cuja terra natal era uma ilha a qual afundara no meio do oceano;


- Um manuscrito intitulado A Respeito do Mundo e atribuído a Aristóteles evidencia a crença em outros continentes;


- Diodoro Siculus, o Siciliano (século I a.C.), dentre outras afirmações e registros, descreveu a Atlântida como uma "ilha de tamanho considerável e situada no oceano a uma distância de alguns dias de viagem da Líbia (entende-se Líbia a África conhecida até então) para o oeste e cujo povo era chamado Atlatioi.


E mais dezenas de outros registros de historiadores famosos assim como Heródoto (século V), Apolodoro (século II), Teoponipos (século IV a.C.), Tertuliano (160 - 240), Philo Judaeus (20a.C. - 40 a.D.), Aelius (Claudius Aelianus - século III).
Como podemos ver, era crença comum os habitantes do antigo mundo mediterrâneo acreditar no afundamento de uma grande ilha continente a oeste dali e também em invasões e dominações de um povo mais desenvolvido.
As lembranças da Atlântida estão presentes em todos os povos do mundo, com excessão da Polinésia. Isso não se pode ignorar!


terça-feira, 3 de abril de 2007

II Aniversário da morte de João Paulo II


A PAZ


1.- "Neste tempo ameaçado pela violência, pelo ódio e pela guerra, testemunhai que Ele, e somente Ele, pode dar a verdadeira paz ao coração do homem, às famílias e aos povos da terra. Esforçai-vos em buscar e promover a paz, a justiça e a fraternidade. E não esqueçais da palavra do Evangelho: «Bem-aventurados os que trabalham pela paz, porque eles serão chamados filhos de Deus» (Mt 5,9)."


2.- "A paz e a violência germinam no coração do homem, sobre o qual somente Deus tem poder"


3.- "A violência jamais resolve os conflitos, nem mesmo diminui suas consequências dramáticas"


4.- "Homens e mulheres do terceiro milênio! Dexai-me repetir: abri o coração a Cristo

crucificado e ressuscitado, que vos oferece a paz! Onde entra Cristo ressuscitado, com Ele entra a verdadeira paz"


5.- " Que ninguém se iluda de que a simples ausência de guerra, mesmo sendo tão desejada, seja sinônimo de uma paz verdadeira. Não há verdadeira paz sem vir acompanhada de igualdade , verdade, justiça, e solidariedade"


6.- " A verdadeira reconciliação entre homens em conflito e em inimizade só é possível, se se deixam reconciliar ao mesmo tempo com Deus"


7.- "Não há paz sem justiça, não há paz sem perdão



(Retirado de Pensamentos de João PauloII)