domingo, 9 de dezembro de 2007
Protocolo de Kyoto
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Ludwig van Beethoven
(Bona, 1770 - Viena, 1827)
Músico alemão. Filho e neto de músicos, destaca-se muito cedo como pianista e improvisador. Desfruta de excelentes mestres desde muito jovem e recebe algumas lições de Haydn, Mozart e Salieri. Mudando-se para Viena, encontra protectores ricos e poderosos e um meio muito favorável ao desenvolvimento das suas capacidades. Os seus protectores, o príncipe Lichnowsky, o barão Van Swieten, o arquiduque Rodolfo e outros, põem à sua disposição os executantes e artistas de que necessita para a audição das suas composições. Desta primeira época são o Concerto para Clavicórdio ou Piano Forte em Mi Bemol Maior, várias sonatas, entre elas a Patética, e o célebre Septeto. Cerca de 1790 manifesta-se-lhe a surdez, que acaba sendo total. Além disso, padece de afecções intestinais contínuas. Mas nem por isso diminui o seu ímpeto criador. Em 1802, após uma profunda crise espiritual, aceita a sua surdez.
A sua segunda etapa vai de 1801 a 1814. Nela reforma a estrutura clássica da sinfonia, compondo as Segunda, Terceira ou Heróica, Quarta, Quinta e Sexta sinfonias. Nesta, a Pastoral, tipicamente pré-romântica, idealiza a vida do campo. É também a época de Fidélio, ópera que compõe e retoca várias vezes até a dar por concluída. Compõe, além disso, nesta época as suas sonatas mais famosas: Aurora, Appassionata, Sonata a Kreutzer, etc. Em 1808, Jerónimo Bonaparte tenta atraí-lo para a sua corte de Kassel, mas os seus protectores dão-lhe uma pensão anual para que permaneça em Viena. Contudo, e por causa da guerra, entre 1811 e 1815 passa por dificuldades económicas.
Em 1815 inicia-se a sua última etapa, à qual pertencem as últimas sonatas para piano, os últimos quartetos, a Grande Fuga para instrumentos de arco, a Missa Solemnis em Ré Maior (acabada em 1823) e, sobretudo, a Nona Sinfonia, cujo último movimento, com seus coros e recitativos (novidade importante), é uma explosão de alegria, admirável num homem que tem motivos mais que suficientes para estar amargurado. Em 1826, as doenças sucedem-se: pneumonia, hidropisia, cirrose hepática.
Artigo retirado de_www.vidaslusofonas.pt
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Reuters
A companhia foi fundada pelo alemão Paul Julius Reuter, um pioneiro dos serviços telegráficos. Em 1940, foi realizado um filme de Hollywood sobre Reuter: "A Dispatch from Reuters". Edward G. Robinson representava o imigrante alemão de ascendência judaica que no seu escritório de Londres, em Outubro de 1851, começou a transmitir informações do mercado de acções entre Paris e Londres através do novo cabo telegráfico Calais-Dover.
www.reuters.com
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Brites de Almeida: Uma farense para a história...
O nome, à primeira vista, pode não parecer muito familiar, mas Brites de Almeida é nada mais, nada menos, que a conhecidíssima Padeira de Aljubarrota!
Dividem-se as opiniões no que toca à existência desta personagem- uns acreditam ser apenas um mito inspirado no sentimento de resistência e combate ás invasões castelhanas, outros defendem que a Padeira de Aljubarrota era uma figura femenina que existiu na realidade e que se destacou para sempre na História Nacional pela sua bravura- mas independentemente destas, sabe-se que existiu realmente em Aljubarrota, na época da batalha com o mesmo nome, uma padeira chamada Brites de Almeida. Inclusive, as ruínas da sua casa encontram-se em Alcobaça numa praça com o seu nome e onde também está erguida uma estátua em sua homenagem.
E perguntarão certamente: porquê falar na Padeira de Aljubarrota, num blogue sobre a cidade de Faro? O que tem a Padeira de Aljubarrota a ver com Faro?
Pode parecer estranho à partida, mas acreditem que não se trata de um absurdo, ou de uma qualquer descoordenação de temas. Não. É que Brites de Almeida, dada como a famosa "Padeira de Aljubarrota" que marcou a História, é farense de nascença. É um facto ainda pouco, ou talvez nada divulgado, e por isso, desconhecido para a maioria das gentes da nossa terra, e para o resto dos portugueses em geral.
E para não se ferirem susceptibilidades sobre este assunto, convém ficarem a conhecer a história desta personagem:
Brites de Almeida nasceu em meados do século XVI, em Faro, tinha a nossa cidade na altura, a designação de Santa Maria de Faaron. Era originária de uma família muito humilde, e é geralmente descrita como sendo, já em pequena, uma criança alta, forte e musculada meio "Maria-rapaz" que gostava de se envolver em brigas. Quando tinha 20 anos, os pais morreram e ela usou o pouco dinheiro que eles lhe deixaram para aprender a manejar a espada, algo que só os homens nobres faziam naquele tempo. Então para ganhar dinheiro, Brites entrou em feiras para lutar com homens. Certo dia, um soldado desafiou Brites: se o soldado ganhasse, Brites casaria com ele, se ele perdesse, Brites mata-lo ia. E Brites acabou por vencê-lo...
Mas naquela época, matar um soldado era crime e para fugir à justiça, Brites roubou um bote com o intuito de fugir para Castela, mas um grupo de piratas raptou-a e vendeu-a como escrava. Como era uma verdadeira "mulher coragem", passado um ano Brites consegue fugir para Portugal com mais dois outros escravos portugueses. Algumas versões referem ainda que a embarcação onde Brites se deslocava foi apanhada por uma tempestade e foi parar à praia da Ericeira. Como ainda era procurada pela justiça, Brites cortou os cabelos, disfarçou-se de homem e tornou-se almocreve. Mesmo assim, ainda teve alguns sarilhos, então Brites, já vestida de mulher, apanhou um barco para Valada acabando por ir parar a Aljubarrota.
Já cansada e sem forma de ganhar dinheiro, começou a pedir esmola à porta de um forno. A padeira, que era já idosa, ao olhar para Brites reparou na sua forte constituição e viu que era a pessoa ideal para a ajudar e para continuar o negócio.
Mais tarde, em 1385 deu-se a conhecida batalha. Como a maioria dos portugueses, Brites estava ao lado de D. João, Mestre de Avis e não queria os espanhóis a governar Portugal. Depois de Nuno Álvares Pereira vencer os espanhóis na batalha, Brites liderou o grupo de populares que perseguiu os espanhóis em fuga. Quando regressa a casa, no dia 14 de Agosto do mesmo ano, a padeira encontrou escondidos no forno do pão, sete castelhanos. Á medida que eles iam saíndo do forno, a padeira matava-os à pazada. Existem várias versões, uma refere que Brites cozeu os castelhanos vivos dentro do forno, outras aumentam o número de castelhanos.
A história conta ainda que, quando Brites fez quarenta anos se casou com um lavrador rico que admirava e que chegou a ter filhos.
São várias versões desta lenda, mas é natural que ao longo do tempo, se tenham alterado e acrescentado outros pormenores à história. Porém, sejam alguns factos verídicos ou não, Brites de Almeida é realmente um exemplo da coragem e da bravura lusitana. Mais uma farense que engrandeceu a História do nosso país.
E embora os maiores feitos e proezas de Brites de Almeida, não se tenham destacado necessariamente em Faro e no Algarve, deveriam ser maiores as referências sobre esta figura histórica ser farense. Os farenses e os algarvios têm o direito de saber, que na batalha de Aljubarrota, esteve também na luta uma conterrânea sua, que também pela valentia com que fez frente aos castelhanos, se tornou para sempre, num dos grandes mitos da História de Portugal.
Um dos seus grandes mitos femininos. Mais uma grande mulher farense...
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Miguel Torga
Em 1934, ao publicar o ensaio intitulado A terceira voz, o médico Adolfo Rocha adopta expressamente o nome de Miguel Torga. Associando o fitónimo “torga” – evocativo de resistência e de pertinaz ligação à terra, propriedades de um pequeno arbusto do mesmo nome- a "Miguel"- nome de escritores ibéricos (Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno), de artista visionário e genial (Miguel Ângelo) e de Arcanjo com forte motivação semântica (“Quem como Deus”), o poeta (então, com apenas 27 anos) escolhe um programa ético e estético centrado no confessionalismo e na busca de autenticidade.
A dominante autobiográfica é, de resto, uma marca geracional. Não pode esquecer-se que Torga viria a participar, por pouco tempo, no movimento da Presença, vindo a demarcar-se dele, não tanto por força de divergências substantivas mas em virtude de um fortíssimo impulso individualista.
A essa luz de obstinada independência ganha também importância a forte relação que o autor mantem com a terra natal. É sabido, por exemplo, que a Agarez d' A Criação do Mundo (conjunto de seis livros autobiográficos, publicados entre 1937 e 1981) constitui o sucedâneo da sua S. Martinho de Anta, afirmando-se como contraponto apaziguante das muitas peregrinações empreendidas, por escolha livre ou por força das circunstâncias. A partir de certa altura, a dialéctica entre aproximação e distância fixa-se essencialmente em torno de Coimbra (a “Agarez alfabeta”) e das fragas maternais de Trás-os-Montes, onde o poeta volta ciclicamente, sobretudo por ocasião do Natal. Nessa medida, bem pode dizer-se que o regresso constitui, ao mesmo tempo, um prémio e uma revalidação do preito à terra.
Essa dialéctica vivencial aplica-se também ao próprio mundo ficcional criado pelo autor. Um exemplo disto mesmo encontra-se no conto intitulado “A Paga (Contos da Montanha) quando Matilde, “desgraçada” por um Don Juan rústico (o Arlindo), se vê vingada pelos irmãos (Cândido e Albino) regressados do Brasil para, em dia de romaria a S. Domingos, restabelecerem a justiça da terra. Punido na sua capacidade fecundante, o Arlindo constitui o exemplo do varão excessivo, que atraiçoa as leis morais necessárias ao bom funcionamento da comunidade. Por via disso mesmo, o castigo teria de lhe ser imposto por filhos da mesma terra, que a ela voltaram com esse fim, em sinal de pertença eterna.
Esta linha de fidelidade aos espaços maternos e de busca íntima alcança outro tipo de expressão na escrita lírica.
Iniciado em 1928 com o livro Ansiedade (entretanto renegado), o lirismo de Torga ganha corpo através de um conjunto de livros autónomos e ainda por força de um vasto conjunto de poemas espalhados ao longo dos 16 volumes do Diário, publicados entre 1941 e 1993.
Nele comparece a ideia de uma Natureza matricial contraposta às hipocrisias sociais (no que lembra muito o bucolismo de Sá de Miranda); Nele avulta, por outro lado, a noção de que a escrita literária (e a inspiração lírica, em particular) excede o plano da consciência e da programação racional para se inscreverem, de facto, no âmbito da transcendência órfica. De facto, mais do que imitar a realidade, a poesia de Torga reinventa-a sem cessar, tal como Orfeu conseguia modificar a paisagem envolvente através da melodia do seu canto. Para além de tudo, e ainda à semelhança do pastor da Trácia, o objectivo último do poeta é sempre o de resgatar a amada Eurídice (que tem, neste caso, o nome de Pátria), arrancando-a ao negrume do Hades e devolvendo-a à luz e à esperança do futuro.
Na constância do seu projecto cívico e artístico, Miguel Torga revela-se um caso raro de perseverança na ligação à terra em que nasceu: a Trás-os-Montes e a Portugal, por inteiro. Historicamente situado numa encruzilhada onde Tradição e Modernidade se afrontam, o escritor aparece sistematicamente do lado do progresso, tanto em termos estéticos como em termos cívicos. Nessa medida o encontramos claramente alinhado pelo Modernismo, no que a palavra pressupõe de representação livre e criativa de ideias e emoções. Do mesmo modo que o encontramos apostado no combate por uma democracia respeitadora da história e construtora de um futuro responsável.
Mas é justamente a esse nível que se pode assinalar a principal “contradição” do seu ideário. É que, contra as expectativas de alguns, Miguel Torga, que havia contestado vigorosa e repetidamente a “Ordem” do Estado Novo, viria a revelar-se um crítico do Portugal democrático: terciarizado, amnésico, consumista e europeu. Nesse registo de resistência (tantas vezes glosado ao longo do Diário) Torga acaba assim por se integrar definitivamente na linhagem dos poetas e pensadores portugueses de Melancolia, onde se contam nomes como Sá de Miranda, Camões, Oliveira Martins, Antero, Teixeira de Pascoais ou Fernando Pessoa.
O próprio facto de todos eles terem sido, de algum modo, derrotados pela história contribuiu para os converter em poderosa referência contrastiva. Não admira, por isso, que na maioria dos casos evocados, a influência estética tenda a confundir-se com os efeitos do magistério cívico. No que diz directamente respeito a Miguel Torga, é sintomático que, passada apenas uma década sobre a sua morte, ele se tenha já tornado num dos escritores portugueses de mais evidente consumo público, quer através de uma presença significativa no cânone escolar (onde entrou, pela primeira vez, em 1976) quer através de outro tipo de consagração, como seja o patronato de um numeroso conjunto de escolas (de diferentes níveis de ensino) e de bibliotecas. Do mesmo modo, a sua obra tem vindo a ser traduzida para a generalidade dos idiomas europeus e ainda para chinês e japonês. Assinale-se, por fim, o facto bem ilustrativo de Miguel Torga ser, talvez, o escritor mais citado por parte dos titulares de cargos públicos, parlamentares e políticos portugueses, em geral.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
George Wells
A Guerra dos Mundos (The War of the Worlds), 1898
Em 1895, Wells publicou seu clássico romance A Máquina de Tempo, sobre um homem que viajava ao futuro. O livro foi um sucesso, em seguida publicou A Ilha de Dr. Moreau (1895), O Homem Invisível (1897), e talvez a sua mais popular novela: A Guerra dos Mundos (1898). A partir de então, ganhou reputação como um pioneiro da ficção científica.
Wells publicou também vários romances cômicos socialmente conscientes que ganharam popularidade especialmente Kipps (1905) e A História de Mr Polly (1910).
Interessado sobre o destino da humanidade, Wells uniu-se a Fabian Society, mas a deixou depois de uma disputa com George Bernard Shaw, outro sócio proeminente. As opiniões socio-políticas controversas de Wells serviram como a base para vários trabalhos que lidavam com o papel da ciência em sociedade e a necessidade por uma paz mundial, sendo desse período: O Esboço de História (1920) e O Trabalho, Riqueza e Felicidade Humana (1932).
Wells ficou conhecido em todo mundo através de uma série de obras que recordavam por vezes a fantasia científica do francês Júlio Verne. As histórias de Wells desafiavam as convicções dos leitores, muitos acreditavam que o mundo se tornaria como o escritor o criava.
Por causa da crítica desfavorável à sua obra comercial, Wells tentou evoluir para um gênero mais dogmático, mas não alcançou tanto sucesso. Suas obras podem classificar-se em novelas puramente literárias, ensaios, novelas de antecipação científica, novelas sociais e obras de divulgação histórica, política e científica.
Em 1904, publicou Guerra Aérea, onde antecipou os efeitos dos bombardeios, que foram realidade da Segunda Guerra Mundial. Wells morreu em 1946.
The Time Machine (1895 )
The Time Machine, and Other Stories (1896)
The Stolen Bacillus and Other Incidents
The Wonderful Visit
The Island of Dr. Moreau (1896)
The Invisible Man (1897)
The Plattner Story and Others
Thirty Strange Stories
The War of the Worlds (1898)
Tales of Space and Time When the Sleeper Wakes
The First Men in the Moon (1901)
The Sea Lady
Twelve Stories and a Dream
Anticipations
The Food of the Gods
A Modern Utopia (1905l)
Kipps (1905)
The History of Mr Polly
The New Machiavelli
In the Days of the Comet (1906)
The Country of the Blind and Other Stories
New Worlds for Old (1908)
The Door in the Wall and Other Stories
Tono-Bungay (1909)
Ann Veronica (1909)
The World Set Free (1914)
The Undying Fire
Tales of the Unexpected
Tales of Life and Adventure
Tales of Wonder
Men Like Gods (1923)
The Dream (1924)
Christina Alberta's Father (1925)
The Empire of the Ants and Other Stories
The War in the Air
The Famous Short Stories of H.G.Wells
Jorge Amado (10 de Agosto de 1912 / 6 de Agosto de 2001)
Com um ano de idade, foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no Colégio Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começou a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes.
Publicou seu primeiro romance, O país do carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo romance, Cacau.
Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista, foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de Matilde Garcia Rosa.
Em 1945, foi eleito membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia Gattai.
Em 1947, ano do nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu na Tchecoslováquia, onde nasceu sua filha Paloma.
De volta ao Brasil, Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto, deixar os quadros do Partido Comunista. Dedicou-se, a partir de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis. Doutor Honoris Causa por diversas universidades, Jorge Amado orgulhava-se do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá, na Bahia.
A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em fitas gravadas para cegos.Em 1987, foi inaugurada em Salvador, Bahia, no Largo do Pelourinho, a Fundação Casa de Jorge Amado, que abriga e preserva seu acervo, colocando-o à disposição de pesquisadores. A Fundação objetiva ainda o desenvolvimento das atividades culturais na Bahia.
Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado, e suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência, na Rua Alagoinhas, em 10 de agosto, dia em que completaria 89 anos.
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Aristides de Sousa Mendes [1885-1954]
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Bíblia de Gutenberg
A Bíblia de Gutenberg é o incunábulo impresso da tradução em Latim da Bíblia, por Johann Gutenberg, em Mainz, também conhecida em português como Mogúncia Alemanha. A produção da Bíblia começou em 1450, tendo Gutenberg usado uma prensa de tipos móveis. Calcula-se que tenha terminado em 1455. Essa Bíblia é considerada o incunábulo mais importante, pois marca o início da produção em massa de livros no Ocidente.
Uma cópia completa desta Bíblia possui 1282 páginas, com texto em duas colunas; a maioria era encadernada em dois volumes.
Acredita-se que 180 cópias foram produzidas, 45 em pergaminho e 135 em papel. Elas foram impressas, rubricadas e iluminadas à mão em um período de três anos.
segunda-feira, 30 de julho de 2007
O 1º Livro Impresso em Portugal foi em FARO
O prototipógrafo Gacon utilizou tipos metálicos móveis com caracteres hebraicos, letras quadradas e elegantes, de dois tamanhos, sendo a maior usada no texto e a outra, mais larga, nas rubricas.
Nem vale a pena mencionar aqui qualquer detalhe da grande vergonha e demonstração de incompetência que se intitulou "Faro - Capital da Cultura".
É claro que as autoridades responsáveis por estas políticas sempre se recusarão de intervenir a nível oficial junto das autoridades britânicas. Apenas uma iniciativa vinda «de baixo» poderá exercer a necessária pressão.
Óbviamente que a capital do Algarve não possuiu nos seus Museus, Bibliotecas ou Faculdades qualquer infraestructura adequada para receber esse valioso livro e facilitar o seu acesso aos estudiosos e ao público. Não seria então melhor deixá-lo no Reino Unido, junto com os outros valiosos livros que Bodley «coleccionou»?
Não, claro que não. Mas este livro é um valioso testemunho dos tempos em que Portugal foi uma nação multicultural, onde viviam cristãos, islamitas e judeus, onde se falava português, latim, árabe e hebraico.
Trazer este livro de volta para Portugal seria um sinal para mostrar que desejamos um país aberto a todas as culturas, que queremos tolerar e conviver com todas as culturas que venham até nós...
Trazer o livro para Portugal seria mostar quão desumana foi a política de Manuel I, quando exigiu a expulsão dos judeus e sua conversão forçada ao Catolicismo...
O livro poderia ser facilmente copiado com tecnologia moderna, e desta maneira, estaria acessível a todos os estudiosos...
Heitlinger, Paulo. Tipografia: origens, formas e uso das letras. Copyright © 2006 Paulo Heitlinger, ISBN 10 972-576-396-3 , ISBN 13 978-972-576-396-4, Depósito legal 248 958/06. Dinalivro. Lisboa, 2006.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Rómulo de Carvalho / António Gedeão
"Pedra Filosofal" e "Lágrima de Preta" são dois dos seus mais célebres poemas.
Académico efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e Director do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa.
Pedra Filosofal
Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.
eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
www.instituto-camoes.pt
quarta-feira, 25 de julho de 2007
A Ilha Misteriosa
A história começa com a fuga de cinco yankees (abolicionistas do Norte) que haviam sido feitos prisioneiros pelos separatisstas (do Sul), em Richmond, durante a Guerra Civil Americana, num balão que os próprios separatistas haviam construído. A companhia de fugitivos é formada por Cyrus Smith, um engenheiro ferroviário e oficial do exército da União, descrito como abolicionista de razão e coração; Neb (diminutivo de Nebuchadnezzar), corajoso e fiel servo afro-americano de Smith; o marinheiro Bonadventure Pencroft; Herbert Brown, jovem protegido de Pencroft e filho do seu capitão já morto; e o jornalista Gideon Spilett, repórter do New York Herald, descrito como pertencente àquela raça de jornalistas que não recuam perante coisa alguma quando se trata de obter uma informação exacta ou de transmiti-la com a menor demora ao jornal de que dependem.
Após voarem, durante vários dias, debaixo de uma tempestade, Smith cai ao mar e desaparece, e os restantes fugitivos acabam por se despenhar no Pacífico, sobre um ilhéu vulcânico não cartografado e aparentemente desabitado. Comparada a um animal monstruoso adormecido à superfície do Pacífico, a Ilha Lincoln, assim baptizada em honra do republicano Abraham Lincoln, tem aproximadamente a extensão de Malta, mas muito mais irregular e menos abundante em cabos, golfos, enseadas ou angras do que esta.
terça-feira, 24 de julho de 2007
Via Láctea
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Cozinhas Solares
O uso da energia solar no preparo de alimentos como arroz, pão, bolos e mesmo carnes, é uma excelente opção para minimizar um problema que atinge quase um terço da população do planeta.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Forte de São Lourenço da Barra de Faro
Não era antiga a fortaleza de São Lourenço da Barra de Faro, pois a construção foi iniciada no ano de 1653, sob a direcção e desenho do engenheiro Pedro de Santa Colomba, durante o reinado de D.João IV e quando era governador o capitão general do Algarve o conde de vale de reis.
Situada na barra de faro e em chão de arei, a base das suas fundações assentava em grossas traves de pinho, conforme consta da carta do conde de vale de reis para o monarca, referente a 13 de Abril de 1654. ate essa data já se haviam afundado na areia 2000 traves de pinho e ai se vai trabalhando com o calor e por todo o mês de Maio estará capaz de artilharia, um dos quatro baluartes de que se compõe e se entende em dois anos se poderá acabar toda a fortificação.
Também na Torro do Tombo, no Maço nº625, nos papeis do ministério do reino existem documentos datados de lagos a 22 de Junho de 1754, sobre a visita e inspecção que ate ao dia 4 desse mês fizera a todos os pontos fortificados do litoral algarvio o capitão general do reino D.Rodrigo António de Noronha e Meneses e uma planta da fortificação desenhada pelo sargento Mor Engenheiro Romão José do rego e outra da ria de Faro - Olhão por Francisco Lobo Cardinal.
Na planta desenhada pelo Sargento-Mor Romão José do Rego que tudo indica tenha acompanhado o Governador na sua digressão, a fortificação apresenta a traça de uma quadrado de lados iguais, de 15 varas de comprimento, coma bateria voltada ao mar à direita da porta de entrada, os quartéis do lado oposto e ao fundo e em frente à porta uma ermida. Tinha 3 peças de Artilharia, de bronze, montadas na bateria, uma de calibre 3 em bom estado de conservação, outra de calibre 5 e mais outra de calibre 3 todas incapazes de serviço.
No interior da fortaleza existiam mais 3 peças de ferro de calibre 18 que haviam sido trazidas da Bateria da Armona, que se desmoronara pela acção do mar.
Nas anotações feitas na Planta, o sargento-mor Romão José do Rego esclarece que a construção estava em muito bom estado de conservação mas mal situada, pois a barra de faro, para a defesa da qual fora feita, lhe ficava a mais de meia légua de distancia.
Embora em muito bom estado de conservação mas quase inútil para o fim que fora construída a defesa da barra de faro que então se encontrava noutro local a fortaleza de são Lourenço veio a ter praticamente um fim no dia 1 de Novembro de 1755 com a violência do terramoto e sobretudo a violência das ondas do mar que quase arrasaram por completo, deixando-a quase inabitável , pelo que o capitão foi viver para Olhão, ficando apenas 8 soldados que se rendiam 8 em 8 dias.
A ultima informação sobre o funcionamento da fortaleza é datada de 1825 num oficio do governador da praça de faro, a cuja a jurisdição o local da fortaleza pertencia, endereçado ao brigadeiro Duarte José Fava, era a 27 de Maio de 1825 comunicado que esta se encontrava ao abandono.
Hoje em dia se alguém fizer uma tentativa de verificar o local que esta coberto por agua, ainda se pode avistar algumas rochas da fortaleza principalmente em maré vazia e ate as bocas de fogo.
impressão Tipografia União.
terça-feira, 12 de junho de 2007
Batalha do Cabo de Santa Maria em Faro
Reino do Algarve
Note-se, porém, que nunca nenhum rei português foi coroado ou saudado como sendo apenas "Rei do Algarve" — no momento da sagração, era aclamado como "Rei de Portugal e do Algarve" (até 1471), e mais tarde como "Rei de Portugal e dos Algarves" (a partir de 1471).
terça-feira, 5 de junho de 2007
Guitarra Portuguesa
“Peter Pan” de James M. Barrie
“Todas as crianças crescem, excepto uma. ”Quem não conhece Peter Pan, o rapazinho endiabrado, que teima em não crescer e que vive, na companhia da fada Sininho, num mundo de fantasia chamado Terra do Nunca? A história de Peter transformou-se num dos maiores clássicos da literatura infantil de todos os tempos. Aliás, hoje em dia, Peter Pan já não habita apenas as páginas do romance do dramaturgo e novelista escocês Sir James Matthew Barrie, pois são vários os filmes, séries televisivas e desenhos animados que retratam as aventuras da personagem. Ora, o que poucos imaginarão ao olhar para a aparência infantil e cheia de frescura de Peter Pan é que este menino já é centenário.
A personagem surgiu pela primeira vez no romance de J.M. Barrie “The Little White Bird” (“O Pequeno Pássaro Branco”), em 1902. Trata-se, no entanto, de uma aparição fugaz numa história em que o protagonista passeia com um rapazinho e lhe conta a história de uma criança que não quer crescer. O real nascimento de Peter Pan, que faz dele o centro de todas as atenções, é a peça de teatro infantil com o seu nome, que sobe ao palco em 1904, em Londres. Ainda assim, Peter seria imortalizado apenas sete anos mais tarde, aquando da edição em livro do romance infantil “Peter and Wendy”, que resulta de uma adaptação da peça de teatro, feita pelo próprio J.M. Barrie.
O elixir da juventude
Qual será então o segredo de Peter Pan para não crescer nem envelhecer, apesar da idade já avançada? Trata-se de uma personagem peculiar, bem mais complexa do que as suas aventuras fantasiosas e cheias de acção poderão sugerir. Peter Pan não é apenas uma personagem que não quer crescer, pois todas as crianças que o acompanham também não se querem tornar adultos.
O que faz dele especial é o facto de ter consciência do que implica crescer e, por isso mesmo, se recusar, em absoluto, a fazê-lo. Como? É fácil: esquecendo. Peter Pan limpa da memória tudo o que não lhe interessa, incluindo essa mesma consciência. Ou seja, apaga da lembrança tudo o que não gosta, tornando todas as coisas efémeras e impedindo-as de lhe causar sofrimento ou de lhe fazer falta. Peter Pan é uma espécie de último sobrevivente, aquele que resiste até ao limite, e que usa todos os meios para se manter tal como é. Um objectivo que o leva ao ponto de se esquecer do amor da sua mãe, passando a defender que “todas as mães servem apenas para contar histórias”. Curiosamente, Peter Pan acaba por esquecer- se das próprias histórias que vai vivendo. Para saber o que fez no passado, vê-se obrigado a ouvir as histórias contadas por raparigas que, como Wendy Darling, fazem o papel de sua mãe. Claro que, pouco tempo depois de ouvir as histórias, Peter vai esquecer-se delas novamente. E assim sucessivamente...
quinta-feira, 31 de maio de 2007
O Ultimo Grande Herói “João Garcia”
Simultaneamente foi atleta de competição de triatlo, desporto que lhe possibilitava adquirir a resistência física necessária para superar as múltiplas dificuldades no montanhismo. Em 1990 foi seleccionado para uma comissão de serviço de três anos no Quartel Supremo das Forças Aliadas na Bélgica.
Em 1993 iniciou a sua actividade como himalaísta, integrando uma expedição internacional polaca (liderado por Krzysztof Wielicki à montanha Cho-Oyu (8201 m) no Tibete. A ascensão foi realizada por uma nova via sem uso de oxigénio artificial. A partir daí ascendeu a inúmeros cumes dos Himalaias, entre os quais mais seis das 14 montanhas com mais de 8000 metros. Esses cumes são 1994: Dhaulagiri (8167 m); 1999: Evereste (8848 m) ; 2001: Gasherbrum II (8035 m) ; 2004: Gasherbrum I (8035 m) ; 2005 : Lhotse (8516 m) ; Kanchenjunga (8586 m).
Foi o primeiro português a ascender ao cume do Evereste (8848 m), em 18 de Maio de 1999, pela Face Norte, e como sempre sem recurso a oxigénio artifical. No entanto o seu colega de escalada, o belga Pascal Debrouwer, caiu numa ravina durante a descida e morreu. João Garcia teve de ser internado num hospital de Saragoça, em Espanha, onde lhe amputaram alguns dedos de uma mão.
João Garcia já escalou seis dos sete cumes mais altos dos 7 'continentes': Evereste (Ásia), Aconcágua (América do Sul), Monte McKinley (América do Norte), Elbrus (Europa), Maciço Vinson (Antárctida) e Kilimanjaro (África). Resta-lhe a Pirâmide Carstensz (Oceania).
Iniciou em 2006 com a ascensão ao Kanchenjunga (8586 m), no Nepal o projecto "À conquista dos Picos do Mundo", onde João Garcia pretende escalar (e sem recurso a oxigénio), entre 2006 e 2010, oito das 14 montanhas com mais de 8000 metros, totalizando assim em 2010 as 14 montanhas com mais de 8000 metros. Em 22 de Maio de 2006 João Garcia atinge com o alpinista equatoriano Iván Vallejo o cume do Kanchenjunga.
No mesmo ano, 2006, João Garcia liderou uma expedição 100% portuguesa ao Shishapangma (8046 m), que integrou, para além de João Garcia, os alpinistas Bruno Carvalho, Hélder Santos, Rui Rosado, e Ana Santos. O jornalista Aurélio Faria acompanhou grande parte da expedição. O cume foi atingido no dia 31 de Outubro, por João Garcia, Bruno Carvalho e Rui Rosado. Durante a descida Bruno Carvalho faleceu após uma queda.
João Garcia é actualmente o único português “cameraman” de altitude e de condições extremas, tendo já realizado vários documentários sobre as suas expedições, e que têm sido transmitidos nas televisões portuguesas. João Garcia é também autor do livro “A Mais Alta Solidão”, que já vendeu mais de 30 mil exemplares; e do livro "Mais Além - Para Além do Evereste", lançado em Fevereiro de 2007, e que foi dedicado a Bruno Carvalho.
É ainda embaixador da prevenção contra a SIDA 2006--2009 MS.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Nações Unidas
A precursora das Nações Unidas foi a Sociedade de Nações (também conhecida como "Liga das Nações"), organização concebida em circunstâncias similares durante a Primeira Guerra Mundial e estabelecida em 1919, em conformidade com o Tratado de Versalhes, "para promover a cooperação internacional e conseguir a paz e a segurança".Em 2006 a ONU tem representação de 192 Estados-Membros - cada um dos países soberanos internacionalmente reconhecidos, excepto o Vaticano, que tem qualidade de observador, e países sem reconhecimento pleno (como Taiwan, que é território reclamado pela China, mas de reconhecimento soberano por outros países).
Um dos feitos mais destacáveis da ONU é a proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos http://www.unhchr.ch/udhr/lang/por.htm
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Fernão de Magalhães
Em 1519 a pequena armada aporta ao Rio de Janeiro; no mês seguinte penetra no Rio da Prata; em finais de Março de 1520 faz a sua entrada no estreito que virá a ter o nome do navegador português. Durante a viagem sucedem-se as peripécias, as conspirações, as insubordinações - sempre debeladas pelo capitão-mor - de uma tripulação exausta e desconfiada com o insucesso do empreendimento. Por fim, em Novembro de 1520 os navios entram no Oceano Pacífico, e poucos meses depois (Abril de 1521) Fernão de Magalhães é morto numa escaramuça na ilha de Cebu (Filipinas). A esquadra reduz-se agora a dois navios. Um deles, a nau "Victoria", comandada pelo espanhol Sebastião Delcano, segue viagem pela rota do cabo, procurando víveres em Cabo Verde. Posto a descoberto pelos portugueses, o navio segue de imediato para San Lucar de Barremeda, onde chega a 6 de Setembro de 1522 com uma tripulação de apenas 18 homens! Estava concluída a primeira viagem à volta do Mundo. Muitos paradigmas geográficos caíam assim por terra. Tal viagem terá de ser obrigatoriamente entendida à luz das estratégias e ambições que se desenhavam na época: a internacionalização dos problemas políticos; a fuga de técnicos de um para o outro lado da fronteira peninsular; a rivalidade crescente entre os reinos ibéricos, e as tentativas para o seu apaziguamento; o desafio de outras potências europeias à doutrina do "Mare Clausum".
Carlos Manuel Valentim
quarta-feira, 9 de maio de 2007
O Santuário de Fátima
Anualmente mais de cinco milhões de visitantes, de todos os países ali se deslocam. As maiores peregrinações ocorrem anualmente nos dias 12 e 13 de Maio a Outubro, sendo tradicionalmente feitas a pé. Pelo mundo inteiro foi difundido o Culto a Nossa Senhora de Fátima, graças às viagens das Virgens Peregrinas (imagens de Nossa Senhora que percorrem vários países) e aos emigrantes portugueses. Assim é possível encontrar várias igrejas, paróquias, dioceses, escolas, hospitais, monumentos etc. dedicadas a Nossa Senhora de Fátima.
O actual reitor deste santuário é o Padre Luciano Gomes Paulo Guerra.
Os três videntes de Fátima!
FRANCISCO MARTO
Nasceu em 11 de Junho de 1908, em Aljustrel. Faleceu santamente no dia 4 de Abril de 1919, na casa de seus pais. Muito sensível e contemplativo, orientou toda a sua oração e penitência para "consolar a Nosso Senhor". Os seus restos mortais ficaram sepultados no cemitério paroquial até ao dia 13 de Março de 1952, data em que foram trasladados para a Basílica da Cova da Iria, lado nascente.
JACINTA MARTO
Nasceu em Aljustrel, no dia 11 de Março de 1910. Morreu santamente em 20 de Fevereiro de 1920, no Hospital de D. Estefânia, em Lisboa, depois de uma longa e dolorosa doença, oferecendo todos os seus sofrimentos pela conversão dos pecadores, pela paz no mundo e pelo Santo Padre. Em 12 de Setembro de 1935 foi solenemente trasladado o seu cadáver do jazigo da família do Barão de Alvaiázere, em Vila Nova de Ourém, para o cemitério de Fátima, e colocado junto dos restos mortais do seu irmãozinho Francisco. No dia 1 de Maio de 1951, efectuou-se, com a maior simplicidade, a trasladação dos restos mortais de Jacinta para o novo sepulcro preparado na Basílica da Cova da Iria, lado poente. O processo de beatificação dos Videntes de Fátima, Francisco e Jacinta Marto, depois das primeiras diligências feitas em 1945, foi iniciado em 1952 e concluído em 1979. Em 15 de Fevereiro de 1988, foi entregue ao Santo Padre João Paulo II e à Congregação para a Causa dos Santos a documentação final levou o Santo Padre a proclamar "beatos" os dois videntes de Fátima, a 13 de Maio de 2000. O último passo será, como esperamos, a canonizacão, pela qual serão declarados "santos".