terça-feira, 22 de abril de 2008

DIA MUNDIAL DA TERRA " FUTURO NEGRO"


Contextualização Histórica:

A 21 de Março de 1970 proclamava-se, na cidade norte-americana de São Francisco, o Dia Mundial da Terra. A celebração mudou de data - 22 de Abril -, passados 34 anos, o dia continua a ser comemorado em todo o Mundo, em nome da reverência e da protecção da Natureza. Portugal também assinalou o dia, dedicando-o, este ano, à Geologia.
O evento marca o início do Dia da Terra, tradicionalmente observado com o toque de sinos. A data foi criada para relembrar a população mundial da sua responsabilidade na protecção do planeta.

A ideia foi planeada pelo norte-americano John McConnell, que a apresentou em 1969, na conferência da UNESCO sobre o Ambiente. O primeiro Dia Mundial da Terra foi celebrado a 21 de Março (o primeiro dia de Primavera), face ao interesse de McConnell na exploração espacial e no Equinócio de Março - considerado o dia do "equilíbrio global".


Hoje em Portugal, este dia é este ano dedicado à geologia, com a atribuição de um prémio à Câmara de Idanha-a-Nova, pela conservação e valorização do seu património. Prémio atribuído pelo grupo português da Associação Europeia para a Conservação do Património geológico e pela National Geographic Portugal.
Do património geológico fazem parte um conjunto de locais, como rochas, minerais ou paisagens, que são testemunhos importantes na reconstituição de fenómenos importantes, para perceber as modificações que o planeta foi comportando ao longo do tempo.

Amanhã vamos ter um
Horizonte escuro:

Apesar de as grandes companhias multinacionais ligadas à exploração do petróleo e da electricidade tentarem negar que a Terra está a aquecer, nota-se facilmente que o clima está a mudar. O Instituto de Meteorologia revelou que em Agosto do ano passado o mercúrio dos termómetros subiu mais 2,8 graus que o habitual.As alterações climáticas mais notadas prendem-se com a chuva. As inundações sucedem-se em todo o mundo e geralmente fora de estação.
Entre 1971 e 1995 afectaram 1,5 mil milhões de pessoas, fazendo 318 mil vítimas e deixando 81 milhões sem casa. Por outro lado, entre 1992 e 2001 a fome e a seca foram responsáveis por quase metade das vítimas das catástrofes naturais.O Pentágono – Departamento de Defesa dos Estados Unidos – prevê que dentro de 20 anos milhões de vidas possam perecer devido a secas, frios polares, fomes e guerras pelo controlo dos recursos naturais como a água. As bacias do Nilo, do Danúbio e do Amazonas podem ser áreas de conflito.A subida do nível das águas do mar e o aumento das tempestades pode vir a destruir as barreiras costeiras de protecção dos Países Baixos e da Califórnia. A Europa e os Estados Unidos vão transformar-se em autênticas fortalezas para se protegerem das populações forçadas a abandonar zonas costeiras ocupadas pelo mar ou lugares onde não é possível praticar a agricultura. O Sul da Europa será a área mais disputada, quer por escandinavos quer por africanos. A população dos trópicos será especialmente vulnerável, com 400 milhões de pessoas em risco.

O cumprimento do Protocolo de Quioto é a única maneira de controlar o efeito de estufa. Os governos têm que reduzir em cinco por cento de emissões de CO2. 100 países já ratificaram o documento, mas juntos são responsáveis por apenas 43,7 por cento das emissões. Mais difícil será convencer a América a enveredar por uma política de desenvolvimento mais limpa e amiga do ambiente.

www.audacia.org

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