“Enfim, o pólo! Recompensa de três séculos, meu sonho e minha ambição durante 23 anos. Meu,finalmente. Não posso crer. Tudo me parece tão simples!” Foi assim que Robert Edwin Peary descreveu as sensações que o emocionaram ao atingir os 90º de latitude norte.
Era o dia 6 de Abril de 1909 e faltava exactamente um mês para que este experiente explorador completasse 53 anos. Aproveitara aquela que sabia ser a sua última oportunidade para realizar o sonho de uma vida: ser o primeiro a alcançar aquele ponto invisível no centro dos brancos, imensos e desolados bancos de gelo do Árctico. Nascido em Cresson, no estado norte-americano da Pensilvânia, em 1856, Peary ficara órfão de pai aos dois anos. Unido à mãe por laços muito estreitos, estudou engenharia no Bowdoin College de Brunswick e, depois de trabalhar durante algum tempo como taxidermista, explorando uma paixão cultivada na adolescência, alistou-se na guarda costeira (1879) e, mais tarde, ingressou na Marinha de Guerra norte-americana (1881). Foi nessa qualidade que, em 1885, com o posto de tenente, viajou até à Nicarágua como membro de uma missão encarregada de estudar o projecto de um canal interoceânico, que mais tarde seria aberto no Panamá. Ali, na selva local, sentiu a atracção pelas terras virgens:
“Alegro-me por viver no mundo de hoje e não num futuro em que não haverá lugares novos, em que o homem terá pisado todas as regiões do planeta”
, escreveu à mãe. Anos antes, confiara-lhe igualmente um dos impulsos mais profundos do seu ser: “Quero que o meu nome venha a ser um ‘Abre-te Sésamo’ nos círculos cultos e elegantes de toda a parte."
Era o dia 6 de Abril de 1909 e faltava exactamente um mês para que este experiente explorador completasse 53 anos. Aproveitara aquela que sabia ser a sua última oportunidade para realizar o sonho de uma vida: ser o primeiro a alcançar aquele ponto invisível no centro dos brancos, imensos e desolados bancos de gelo do Árctico. Nascido em Cresson, no estado norte-americano da Pensilvânia, em 1856, Peary ficara órfão de pai aos dois anos. Unido à mãe por laços muito estreitos, estudou engenharia no Bowdoin College de Brunswick e, depois de trabalhar durante algum tempo como taxidermista, explorando uma paixão cultivada na adolescência, alistou-se na guarda costeira (1879) e, mais tarde, ingressou na Marinha de Guerra norte-americana (1881). Foi nessa qualidade que, em 1885, com o posto de tenente, viajou até à Nicarágua como membro de uma missão encarregada de estudar o projecto de um canal interoceânico, que mais tarde seria aberto no Panamá. Ali, na selva local, sentiu a atracção pelas terras virgens:
“Alegro-me por viver no mundo de hoje e não num futuro em que não haverá lugares novos, em que o homem terá pisado todas as regiões do planeta”
, escreveu à mãe. Anos antes, confiara-lhe igualmente um dos impulsos mais profundos do seu ser: “Quero que o meu nome venha a ser um ‘Abre-te Sésamo’ nos círculos cultos e elegantes de toda a parte."
Texto de Josep Maria Casals
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