D. Manuel Quintas explicou no que todas as celebrações desta Semana Maior para os cristãos conduzem à vivência da “alegria da Ressurreição”.
Falando na antiga capela do Paço Episcopal, em Faro, onde teve início a celebração que contou com a bênção e procissão dos ramos, o Bispo diocesano contextualizou o sentido daquele acto litúrgico, salientando tratar-se da memória da “entrada triunfal de Jesus em Jerusalém”. Evocando a subida de Cristo à Cidade Santa, o Prelado constatou a “atitude espontânea de aclamação, de cariz messiânico” dirigida pelo povo a Jesus, embora sem uma convicção verdadeira.
“Vemos que esta espontaneidade não é verdadeiramente uma adesão assumida a respeito da pessoa de Jesus e que este entusiasmo é superficial porque, pouco depois, este mesmo povo pedirá a morte de Jesus”, evidenciou.
Depois do breve cortejo para a Sé de Faro, já na Catedral diocesana D. Manuel Quintas acrescentou que “a atitude contraditória do povo deve levar-nos a olhar para nós mesmos, de modo a apercebermo-nos sobre a verdade da nossa fé e a autenticidade da nossa adesão a Cristo em todas as situações da nossa vida”.
“Somos convidados a acolher Jesus como Rei, sabendo porém que Ele manifestou a sua realeza no serviço e entrega da própria vida”, exortou, tendo começado por lembrar que a liturgia do Domingo de Ramos constitui a “porta de entrada na Semana Santa”.
O Bispo do Algarve recordou que “a narração da Paixão de Jesus põe em relevo a fidelidade de Cristo em contraste com as infidelidades do homem”. “Ao contemplarmos a Paixão de Jesus sabemos, à luz da fé, que, pelo seu sofrimento, assumiu o sofrimento de toda a humanidade”, referiu.
No final da Eucaristia, o Bispo diocesano exortou ainda os algarvios a participarem “o mais possível nas celebrações [da Semana Santa], particularmente nas do Tríduo Pascal” que decorre na Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Sábado Santo, “sobretudo se a vida profissional não o dificultar”.
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